Cinema e mulher: os femininos nas composições das narrativas cinematográficas de Laís Bodanzky
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Resumo / Abstract
Esta pesquisa analisou como as narrativas cinematográficas brasileiras têm se dedicado a retratar a questão do feminino. O objetivo é, portanto, contribuir para a compreensão de especificidades de representações do feminino em filmes dirigidos por Laís Bodanzky (1969). A partir da análise da obra da cineasta brasileira – tendo como recorte os quatro únicos longas-metragens por ela produzidos até aqui, com aprofundamento no filme Como Nossos Pais (2017) –, a pergunta que nos conduziu foi “como o feminino e o poético se expressam nas narrativas cinematográficas de Laís Bodanzky?”. Para isso, buscou-se identificar os aspectos narrativos, como enredo, personagens, ambiente e narrador, além das características visuais e sonoras do cinema de Laís Bodanzky por meio da análise fílmica, com metodologia pontuada por Francis Vanoye e Anne Goliot-Lété, e na análise de narrativa, proposta pela professora Cândida Vilares Gancho. Para tanto, o apoio é de pensadores como Vilém Flusser, sobre comunicação e cultura; Walter Benjamin e Míriam Cristina Carlos Silva, sobre as narrativas; Octávio Paz e Míriam Cristina Carlos Silva, sobre narrativas poéticas; Robert Stam e Jacques Aumont, sobre cinema; e gênero a partir das contribuições de Simone de Beauvoir e Judith Butler. Os resultados apontam para narrativas poéticas, alicerçadas em ambientes contemporâneos e familiares, com enredos de conflitos psicológicos, personagens protagonistas que se alternam entre femininos e masculinos, com narradores que oscilam na onisciência entre silenciosos, polifônicos e dialógicos. Além de femininos poéticos, atuais e possíveis.