Navegando por Assunto "Cinema e literatura"
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- DissertaçãoA cineliteratura como comunicação literária e audiovisual: Lispector e Dourado sob o olhar de Suzana Amaral(2010) Alvarenga, João Batista; 1962-A pesquisa que resultou nesta dissertação teve como objetivo desenvolver investigações sobre a transposição da linguagem escrita para a linguagem do audiovisual, centradas nas obras literárias: “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector e “Uma Vida em Segredo”, de Autran Dourado, adaptadas para o cinema pela cineasta Suzana Amaral. A análise comparativa acentuou a importância do livro como ferramenta dos media e o papel da cineliteratura como instrumento de difusão de obras clássicas da literatura como cultura de massa operada pelo Cinema. Ao abordar os pontos convergentes e divergentes entre duas personagens genuinamente brasileiras, buscou-se estudar aspectos ligados às características intrínsecas das personagens centrais das duas obras: Macabéa, de “A Hora da Estrela”, e Prima Biela, de “Uma vida em segredo”. Forçoso voltar também atenção especial para a problemática da dificuldade de comunicação, situação que se faz presente em ambas as personagens. Atentouse para as devidas distâncias – tempo e espaço –, visto a personagem de Lispector ser nordestina (embora ela afirme, inoricamente, numa das passagens do romance: “sou nortista, porque baiano é macumbeiro”), enquanto a de Dourado, mineira, em todos os sentidos de “ser” e “estar” neste mundo. Assim, esta abordagem analisou os enfoques regionais, tanto do jeito nordestino e perdido de ser de Macabéa e da mineirice de Prima Biela, observando aspectos curiosos: se nelas teriam ocorrido ou não as trocas culturais. Acrescentando ainda as rejeições que as duas personagens teriam sentido, em sua pele, no novo habitat ao qual tentaram pertencer, visto que migração e desenraizamento são a marca preponderante dos romances modernistas, onde o indivíduo é diluído na nova sociedade, havendo uma despersonalização do migrante.
- DissertaçãoMudanças mediáticas na comunicação: Ramos e Rosa no cinema(2008) Olivati, Alice Elias DanielA pesquisa acadêmica geradora da presente dissertação objetivou estudar a questão das adaptações de obras literárias para o cinema e, pretendeu-se apontar alguns campos de referências comuns às duas formas de expressão artística – as Literaturas e o Cinema - sem esquecer-se de que se trata de dois objetos distintos. O primeiro conhece-se pelo seu estrato fônico-lingüístico configurado por um entrelaçamento de vocábulos, sintagmas, efeitos sonoros materializados por meio de seu sistema sígnico firmemente baseado na palavra. O segundo, pela linguagem visual, formada através de movimentos de câmera, movimentos, gestos, fala de personagens, trilha sonora e prescinde, ora mais ora menos, do texto verbal para se construir. A trajetória teórico-metodológica proposta para a investigação contou com a Semiótica da Cultura; reflexões sobre as artes e seu poder de comunicação; a cultura de massa, os meios, as especificidades da literatura e do cinema. A tradução intersemiótica vista em alguns períodos da história da arte; reflexões e análises dos pensamentos de filósofos e críticos que permearam o tema, de modo a propiciar maior apreensão dos conteúdos artísticos. Em nosso percurso nos detivemos no estudo da linguagem verbal e a linguagem visual de Vidas Secas, de Graciliano Ramos e Nelson Pereira dos Santos, por sua concisão discursiva A Hora e Vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa e Roberto Santos, na elaboração lingüística do original literário que rompe com a linguagem verbal convencional. O estudo comparativo das quatro obras que empreendemos em nossa pesquisa, constituiu-se caminho que nos levou à compreensão de que a travessia de signos captados da literatura, sua integração e incorporação em outras formas de expressão, podem ser capazes de engendrar novas concepções no cinema, de modo a recriar e a enriquecer a cultura em tempos de seduções mediáticas.