Navegando por Assunto "Crianças"
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- TeseA escola está fechada, a professora não foi!: governamentabilidade da infância(2014) Mota, Giane Aparecida Sales da SilvaAo tomar o processo de implantação e implementação do Ensino Fundamental de Nove Anos como acontecimento educacional, em que sujeitos atuam na construção e articulação de conhecimentos e saberes, e que as ações educacionais produzem efeitos de sentido na ação humana e social, analisa-se o lugar que o conceito de infância ocupa na escola contemporânea e a possibilidade de haver uma pedagogia na/ com a infância. Para tanto, a conceituação de infância é perscrutada, passando pelas áreas da história, da sociologia e da filosofia, identificando o surgimento do sentimento da infância no século XVI, suas transformações conceituais vinculadas ao surgimento do discurso pedagógico na modernidade e sua consequente representação na contemporaneidade. Ademais, compreendendo que o funcionamento da política educacional modificou a estrutura do ensino fundamental e, consequentemente, modificou o olhar sobre a infância, utiliza-se a Análise do Discurso como meio propício a investigação de documentos redigidos pelo Ministério da Educação, a fim de demonstrar como “as práticas linguístico-discursivas estão imbricadas com as estruturas sociopolíticas mais abrangentes, de poder e dominação”. Portanto, a partir dos conceitos foucaultianos de biopolítica, biopoder, governamento e governamentalidade, bem como o conceito deleuzeano denominado devir-criança é que se investigam os documentos produzidos pelo Ministério da Educação, destinados à orientação dos sistemas educacionais, a citar: Passo a passo da implementação do ensino fundamental de nove anos; Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações gerais; Ensino Fundamental de Nove Anos – 1º Relatório; Ensino Fundamental de Nove Anos – 2º Relatório; Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa. A legislação, quando necessária à compreensão do contexto, também é referenciada ao longo do trabalho. Dessa maneira, a tese proporciona uma reflexão acerca do fazer educativo no Ensino Fundamental I, galgando espaços possíveis ao devir-criança.
- DissertaçãoA infância capturada em fotos: imagens do cotidiano da educação infantil(2014) Boff, Márcia de Souza SimãoNo mundo contemporâneo nos confrontamos com uma avalanche de imagens que nos contam do mundo, da vida e da banalidade do cotidiano. Com a popularização dos aparelhos celulares, câmeras e aplicativos de compartilhamento de imagens que os avanços tecnológicos incorporaram a estes aparelhos, vive-se uma disseminação imagética. Fotografa-se tudo e todos. Nas escolas o acontecimento infantil é capturado e esta prática foi uma das interrogações deste estudo: o que mora nestes gestos habituais de fotografar na escola? O indizível apresenta-se no acontecimento fotográfico provocando estranhamentos, o aporte foucaultiano foi utilizado no diálogo com estes estranhamentos, suporte para a observação das narrativas sobre a infância que compõem o ambiente escolar e permeiam as imagens da educação infantil. Fotos de escolas de educação infantil da cidade de Sorocaba foi o campo de investigação das subjetividades presentes no cotidiano escolar e revelaram subjetividades que este estudo discute enfocando dois temas: gênero e consumo e disciplinamento no espaço da educação infantil. Este estudo observou os estereótipos que se instalam em relações de poder e saber no universo educativo, ainda presentes nos papéis masculinos e femininos, assim como questões de consumo no ambiente escolar; observaram-se os limites de portas e cercas, apresentando um disciplinamento dos corpos. Essa dissertação propõe olhar o cotidiano da escola por meio de fotografias, intermediando a imagem com as histórias desse cotidiano da educação infantil, e ao analisar, refletir.
- DissertaçãoEspaçostempos de brincar: uma bordadura com memórias(2021) Oliveira, Tabta Rosa deFios foram soltos, outros bordados, no tempo ralentado do fazer das mãos, esta pesquisa se compôs. Um tempo que compreendeu o processo, que fluiu entre, que abriu espaço para os acontecimentos com/ na/ da pesquisa. A intenção foi investigar os gestos de brincar como potência nos parques da cidade. Diante da realidade múltipla da pesquisadora, mãe, educadora ecologista brincante, perguntas ecoavam, de que diferentes modos o devir criança se manifesta nos encontros de brincar? Sem quintais nem pátios nas escolas, que espaçostempos de brincar e de contato com a natureza atravessam o cotidiano infantil? Na tessitura com autores, os conceitos de tempo e espaço foram bordados reforçando os contornos da redução do tempo de brincar livre e a diminuição de espaços naturais de interação das crianças nas grandes cidades. O quintal já não era mais o mesmo, o pátio também, e o tempo para observar o caminhar das formigas era ligeiro frente à rotina das famílias urbanas. Para evidenciar a potência da relação com a natureza e as possibilidades de experiência neste encontro com os espaços naturais, com outras crianças e outras infâncias em devir, esta pesquisa propôs cartografar cinco edições dos eventos Brinca, Sorocaba! Neste caminho, as imagens dos eventos e as narrativas das memórias dos encontros foram entrelaçados pelo conceito de devir criança e, pulsaram os acontecimentos/sentidos da narradora personagem que apresentou seu afectos e perceptos através das palavras pulso que transbordaram dos movimentos do fazer das mãos. A bordadura trouxe o tempo de reflexão, e deste fazer manual nasceu o caderno de memórias bordadas. Pelas lentes da menina que roubava crianças, a pesquisadora, narrou, bordou, cartografou os acontecimentos vividos na pesquisa. Perpassou os conceitos de cotidianos, memória, devir criança e educação menor, e, compreendeu que as crianças resistem ao inventar contatos com a natureza, que os adultos resistem quando acessam suas infâncias se e quando se abrem aos encontros, com eles mesmos, com as crianças, com a natureza. E nestes encontros em devir há liberdade, diversidade, alteridade, comunhão e principalmente a possibilidade de outros modos de ser-em-grupo.
- DissertaçãoExperiências no cotidiano da educação infantil: olhar, dialogar, inventar(2016) Silva, Ana Cristina BaladelliEsta dissertação se desenvolve a partir do percurso pedagógico da professorapesquisadora no Centro de Educação Infantil nº 50 – “Professor Alípio Guerra da Cunha”, em Sorocaba/SP., com crianças na faixa etária entre três e quatro anos. Trata-se de pesquisa que se funda nas experiências observadas, dialogadas e inventadas no cotidiano da educação infantil. Objetiva a analise do uso do tempo e do espaço físico e propõe novas possibilidades de ocupação destes. Com apoio teórico em algumas obras de Faria e Abramowicz fundamenta as leituras e reflexões sobre as culturas infantis para compreender a relação entre as crianças e a prática pedagógica. Em diálogo com Gallo, Kohan e Deleuze a professora-pesquisadora procura trazer o olhar da filosofia da diferença sobre o tempo infantil e os devires minoritários para o cotidiano. Por meio das bio:grafias, metodologia apresentada por Reigota, o percurso da pesquisa é narrado, levando em consideração o tempo e o espaço como objetos de intervenção profissional e política. Deste cenário e por meio de investigações e experimentações, resulta um espaço que respeita as crianças, as ouve, possibilita novos inícios, cria possibilidades num ambiente onde tudo é previamente planejado, rotinas definidas, mas que não foram obstáculo para as mudanças, as possibilidades.