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A escola está fechada, a professora não foi!: governamentabilidade da infância

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2014

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Resumo / Abstract

Ao tomar o processo de implantação e implementação do Ensino Fundamental de Nove Anos como acontecimento educacional, em que sujeitos atuam na construção e articulação de conhecimentos e saberes, e que as ações educacionais produzem efeitos de sentido na ação humana e social, analisa-se o lugar que o conceito de infância ocupa na escola contemporânea e a possibilidade de haver uma pedagogia na/ com a infância. Para tanto, a conceituação de infância é perscrutada, passando pelas áreas da história, da sociologia e da filosofia, identificando o surgimento do sentimento da infância no século XVI, suas transformações conceituais vinculadas ao surgimento do discurso pedagógico na modernidade e sua consequente representação na contemporaneidade. Ademais, compreendendo que o funcionamento da política educacional modificou a estrutura do ensino fundamental e, consequentemente, modificou o olhar sobre a infância, utiliza-se a Análise do Discurso como meio propício a investigação de documentos redigidos pelo Ministério da Educação, a fim de demonstrar como “as práticas linguístico-discursivas estão imbricadas com as estruturas sociopolíticas mais abrangentes, de poder e dominação”. Portanto, a partir dos conceitos foucaultianos de biopolítica, biopoder, governamento e governamentalidade, bem como o conceito deleuzeano denominado devir-criança é que se investigam os documentos produzidos pelo Ministério da Educação, destinados à orientação dos sistemas educacionais, a citar: Passo a passo da implementação do ensino fundamental de nove anos; Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações gerais; Ensino Fundamental de Nove Anos – 1º Relatório; Ensino Fundamental de Nove Anos – 2º Relatório; Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa. A legislação, quando necessária à compreensão do contexto, também é referenciada ao longo do trabalho. Dessa maneira, a tese proporciona uma reflexão acerca do fazer educativo no Ensino Fundamental I, galgando espaços possíveis ao devir-criança.


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