Navegando por Assunto "Diabetes"
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- Dissertação(Bio)2 - Sistema híbrido bioinspirado e biomimético à base de nanocelulose de origem microbiana e líquido iônico, para estabilização e entrega transdérmica de insulina(2019) Jorge, Ludmilla Rodrigues RibeiroINTRODUÇÃO: Sistemas bioinspirados e biomiméticos à base de filmes biopoliméricos são interessantes para utilização farmacêutica em função de características como biocompatibilidade, biodegrabilidade, toxicidade quase nula e adequadas propriedades fisicoquímicas. A permeação tópica de fármacos pode ser otimizada através da incorporação de substâncias facilitadoras da permeação cutânea. Neste sentido, os líquidos iônicos são substâncias promissoras. A insulina é um hormônio que tem como função manter os níveis normais de glicose no sangue. A ausência ou produção parcial desse hormônio gera a hiperglicemia ou Diabetes Melittus (DM), doença crônica com elevada prevalência. Para o tratamento da DM tipo 1 é imprescindível o uso de insulina, a qual é administrada por aplicações subcutâneas. OBJETIVO: Desenvolver e avaliar um filme polimérico base de nanocelulose de origem microbiana e goma xantana para entrega tópica de insulina, tendo um liquido iônico como facilitador da permeação cutânea. MÉTODOS EXPERIMENTAIS: A nanocelulose bacteriana foi produzida por fermentação da bactéria Gluconacetobacter hansenii ATCC®23769, incorporada com insulina e caracterizada por adsorção de insulina, FTIR, XRD, DSC e TGA, FESEM, resistência mecânica, citotoxicidade, genotoxicidade e ensaio de permeação transdérmica via célula de Franz. Realizou-se a síntese e caracterização dos líquidos iônicos por citotoxidade, genotoxicidade, FTIR, TGA e DSC, teor de água, 1HRMN. Seguiu-se a produção e caracterização dos biofilmes com nanocelulose e goma xantana, integrando insulina e geranto de colina. A caracterização dos filmes foi realizada pelos ensaios de resistência mecânica, TGA e DSC, XRT e DESEM. Por fim, avaliou-se a capacidade de permeação transdérmica da insulina pelo ensaio de permeação em células de Franz. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As biomembranas de nanocelulose produzidas mostraram-se seguras para a aplicação sobre a pele, com adequadas propriedades mecânicas. Foram obtidos líquidos iônicos com reduzida citotoxicidade e genotoxicidade nula. O filme biopolimérico desenvolvido apresentou adequadas propriedades fisico-quimicas e biológicas, com efetiva capacidade de permeação transdérmica da insulina. CONCLUSÃO: Obteve-se um bifilme polimérico com excelentes propriedades mecânicas, físico-quimicas e biológicas, com capacidade de liberação e permeação transdérmica de insulina. Deste modo, o produto desenvolvido apresenta potencial para a entrega de insulina através da pele humana por permeação transdérmica.
- DissertaçãoConduta e conhecimento do farmacêutico do Estado de São Paulo no atendimento de pacientes com diabetes mellitus(2014) Almeida, José Vanilton deSabe-se que o diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica de alta prevalência, que necessita de tratamento com múltiplas formas de intervenção e abordagem multidisciplinar centrada no paciente. Entende-se que o farmacêutico é o profissional de saúde mais acessível à população e sua conduta no atendimento das pessoas com diabetes pode ser uma ferramenta importante no manejo da doença. O objetivo deste estudo foi identificar a conduta e o conhecimento dos farmacêuticos inscritos no Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) em relação ao diabetes. Foi um estudo observacional, transversal e analítico que disponibilizou no site do CRF-SP um questionário subdividido em três partes que abordou a formação profissional, o conhecimento em DM e a prática profissional. Obteve-se um total de 199 questionários onde se pode verificar que a maioria dos respondentes (72%) foi de mulheres (p<0,05), a média de idade foi em torno de 33 anos e o tempo de formação em média de 6,6 anos. A maioria (63%) trabalha em farmácias e drogarias privadas (p<0,05), aproximadamente 71% deles relataram atuar no atendimento de pacientes (p<0,05) e em torno de 60% afirmaram ter feito algum curso ou palestra sobre DM (p<0,05). Em relação ao conhecimento em diabetes, nota-se que em cinco das 19 questões respondidas pelos farmacêuticos que atendem pacientes, não se atingiu 50% de acerto, incluindo conceitos como fatores de risco (27,7%) e perfil de ação da insulina NPH (30,5%). Observou-se que os principais serviços prestados pelos farmacêuticos aos pacientes foram a orientação para o uso (90,8%) e a dispensação (89,4%) de medicamentos. Os serviços mais procurados pelas pessoas com diabetes foram a orientação para o uso dos medicamentos (36,1%) e a aferição da glicemia capilar (34%). Na autoavaliação da percepção quanto ao seu preparo no atendimento do paciente, tem-se que 87,9% para aferição de glicemia e 78% para orientação sobre a doença declararam estar preparados ou muito preparados para o atendimento do paciente (p<0,05) em relação a não estar ou estar pouco preparado, no entanto, a maioria deles relata não ter as condições de trabalho desejáveis para fazê-lo. Pode-se concluir que a conduta dos farmacêuticos em relação ao diabetes foi considerada positiva. Porém, há necessidade da busca contínua do aprimoramento científico para que atuem como educadores em diabetes.
- DissertaçãoControle glicêmico não satisfatório em pacientes com diabetes mellitus tipo 2: fatores determinantes e resultados clínicos negativos associados ao tratamento medicamentoso(2015) Marczynski, Maria AparecidaSabe-se que inúmeros fatores podem interferir no controle glicêmico de pacientes com Diabetes mellitus tipo 2 e que estes pacientes tem risco aumentado de experimentar resultados negativos aos medicamentos (RNM) devido principalmente à polifarmácia e à presença de comorbidades. O objetivo deste estudo foi identificar os fatores determinantes do controle glicêmico não satisfatório em pacientes com Diabetes mellitus tipo 2, bem como, os resultados negativos associados ao uso dos antidiabéticos neste grupo de pacientes. Trata-se de um estudo transversal e analítico de informações da prescrição médica, prontuário clínico e entrevista com 100 pacientes atendidos no Ambulatório de Endocrinologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, estado de São Paulo. Os pacientes foram comparados em dois grupos: com controle glicêmico satisfatório e não satisfatório (adultos com valores de hemoglobina glicada maior ou igual a 7% e os idosos com valores maiores que 8% de acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Associação Americana de Diabetes). Foram identificadas as variáveis sociodemográficas e clínicas determinantes do não controle glicêmico. Os resultados negativos associados ao uso dos antidiabéticos foram caracterizados de acordo com o método Dáder. A idade (< 65 anos) (OR=4,09), o histórico familiar do diabetes (OR=3,24), a terapia associada para o tratamento do diabetes (uso de 2 a 4 antidiabéticos) (OR=5,13) e a presença de RNM antidiabéticos (OR=5,92) foram as variáveis determinantes do não controle glicêmico dos pacientes com Diabetes mellitus tipo 2. Não foram observadas diferenças entre os grupos quanto aos medicamentos prescritos (p>0,05), sendo mais comum o uso de metformina e insulina NPH. A monoterapia com metformina foi mais indicada no grupo com controle glicêmico satisfatório (p<0,05) e as associações de metformina com sulfonilureias e metformina com insulina NPH foram mais indicadas no grupo com controle glicêmico insatisfatório. Os RNM foram observados em 49% dos pacientes (média de 2,27 RNM/paciente) sendo os principais causados por inefetividade devido ao incumprimento da dose e/ou da frequência diária dos antidiabéticos nos pacientes com diabetes não controlado (p<0,05). Em ambos os grupos, os RNM causados por insegurança foram principalmente relacionados à reação adversa aos medicamentos e interação medicamentosa (p>0,05). Em conclusão, os adultos, indivíduos com histórico familiar de Diabetes mellitus, em uso de dois ou mais antidiabéticos e aqueles que apresentaram RNM devem ser priorizados quanto ao planejamento de intervenções que favoreçam o controle do diabetes. A caracterização dos aspectos associados ao tratamento medicamentoso, por meio da identificação dos RNM, pode contribuir para o planejamento de intervenções que melhorem o atendimento dos pacientes.