Navegando por Assunto "Educação – Filosofia"
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- DissertaçãoEspaçostempos de brincar: uma bordadura com memórias(2021) Oliveira, Tabta Rosa deFios foram soltos, outros bordados, no tempo ralentado do fazer das mãos, esta pesquisa se compôs. Um tempo que compreendeu o processo, que fluiu entre, que abriu espaço para os acontecimentos com/ na/ da pesquisa. A intenção foi investigar os gestos de brincar como potência nos parques da cidade. Diante da realidade múltipla da pesquisadora, mãe, educadora ecologista brincante, perguntas ecoavam, de que diferentes modos o devir criança se manifesta nos encontros de brincar? Sem quintais nem pátios nas escolas, que espaçostempos de brincar e de contato com a natureza atravessam o cotidiano infantil? Na tessitura com autores, os conceitos de tempo e espaço foram bordados reforçando os contornos da redução do tempo de brincar livre e a diminuição de espaços naturais de interação das crianças nas grandes cidades. O quintal já não era mais o mesmo, o pátio também, e o tempo para observar o caminhar das formigas era ligeiro frente à rotina das famílias urbanas. Para evidenciar a potência da relação com a natureza e as possibilidades de experiência neste encontro com os espaços naturais, com outras crianças e outras infâncias em devir, esta pesquisa propôs cartografar cinco edições dos eventos Brinca, Sorocaba! Neste caminho, as imagens dos eventos e as narrativas das memórias dos encontros foram entrelaçados pelo conceito de devir criança e, pulsaram os acontecimentos/sentidos da narradora personagem que apresentou seu afectos e perceptos através das palavras pulso que transbordaram dos movimentos do fazer das mãos. A bordadura trouxe o tempo de reflexão, e deste fazer manual nasceu o caderno de memórias bordadas. Pelas lentes da menina que roubava crianças, a pesquisadora, narrou, bordou, cartografou os acontecimentos vividos na pesquisa. Perpassou os conceitos de cotidianos, memória, devir criança e educação menor, e, compreendeu que as crianças resistem ao inventar contatos com a natureza, que os adultos resistem quando acessam suas infâncias se e quando se abrem aos encontros, com eles mesmos, com as crianças, com a natureza. E nestes encontros em devir há liberdade, diversidade, alteridade, comunhão e principalmente a possibilidade de outros modos de ser-em-grupo.
- TeseNarrativas, criação, luta e resistência: a presença da pedagogia freireana nos cotidianos escolares(2020) Silva, Márcio José Andrade daO cotidiano escolar é o espaço do diálogo. É aprendendo e dialogando com a própria história que se percebe o caminho percorrido e esboça-se uma possível caminhada. Todo esse caminhar não teria um sentido, uma significância, se não houvesse as influências da pedagogia de Paulo Freire e mais recentemente da Filosofia Clínica de Lúcio Packter. O educador vem me acompanhando desde o início de minha vida como militante, daquele momento ingênuo no ensino médio, passando pelo sindicato, faculdade e partidário, até o atual, como resultante, mas não síntese, destes todos. O filósofo mostrou-me que ao percorrer um caminho único, singular, é possível perceber também a importância do outro com quem dialogo, principalmente em meu cotidiano escolar, e, ao instigar meus alunos no exercício de realizar a sua percepção de mundo; uma alteridade de forma verdadeira, permitindo que o outro se expresse em sua verdade. Foi possível trazer, para orientar essas leituras, as ideias e práxis do educador Paulo Freire. Desta forma este trabalho reflete sobre a prática docente no ensino médio e no ensino superior, provocando nos estudantes a fala de suas percepções de mundo, exercitando a alteridade; em outro instante, a percepção do autor como sujeito da história, de suas construções relacionais e existenciais, e através desses movimentos, em seu atuar docente, perceber a presença da pedagogia freireana.