Navegando por Assunto "Educação rural"
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- DissertaçãoA noção de comunidade na escola rural: um estudo a partir de Gianni Vattimo e Antonio Candido(2009) Oliveira, Elaine Aparecida Machado Marum deEste trabalho apresenta a Noção de Comunidade na Escola rural, porém a investigação contemplou a cultura em torno do espaço escolar, pois as manifestações culturais e sociais desse contexto, possibilitaram a descrição de assuntos pertinentes, como a religiosidade e as transformações sociais que ocorreram na zona rural. Nortearam a investigação noções de comunidade nas obras de autores, como Gianni Vattimo, Roberto Esposito e Martin Buber, partindo dos princípios defendidos pelos mesmos, trilhou-se o processo de coleta de informações. A condução dos métodos de pesquisa partiu da leitura do livro de Antonio Candido, “Os Parceiros do Rio Bonito: Estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida”, onde o autor participou da vida cotidiana dos homens e das mulheres da zona rural. Foram realizadas visitas aos moradores do bairro dos Garcias, no município de Piedade – SP. Os mais velhos narraram como era a vida antigamente e os mais jovens relataram como é a vida atualmente, a vida religiosa, o lazer, o trabalho e a cultura. Nesse contexto, foi identificado que a religiosidade é um fator determinante na vida comunitária, as atividades realizadas na igreja reúnem os habitantes, independente da fé que professam. Para tratar esse tema, recorreu-se aos textos sobre religião de Gianni Vattimo, que possibilitaram uma melhor interpretação da permanência e do reavivamento das igrejas na zona rural. Ao detectar que a escola exerce uma influência significativa nessa realidade, foram realizadas visitas na E.E. Miguel Pires Godinho, onde estudam adolescentes, jovens e adultos. Nos encontros com a equipe escolar foi possível detectar as estratégias utilizadas pelos mesmos para privilegiar no espaço escolar, a cultura rural, e ao mesmo tempo levar para a comunidade os saberes escolares. Para coletar informações sobre o cotidiano escolar, foram ouvidos os relatos dos professores e dos alunos, que descreveram os projetos que são voltados para a zona rural e narraram o dia-a-dia na escola. Esse processo dialógico tornou possível a conclusão de que a escola em interação com a comunidade promove o significado de compartilhamento e pertencimento.
- TeseArqueologia antropofágica em rotas não lineares: narrativas educacionais reveladas no sertão maranhense(2022) Bezerra, Leonardo MendesCaminhar por entre devires, (des)encontros, histórias e memórias dos sertanejos na e fora da universidade fizeram vir à tona os atravessamentos das ações cotidianas do pesquisador-conversador no chão sertanejo dos municípios maranhenses de Balsas, Riachão, Carolina, Tasso Fragoso, São Raimundo das Mangabeiras, Loreto, Fortaleza dos Nogueiras e Grajaú. Os devires no cotidiano da educação impulsionaram reflexões intensificadas no convite-provocação: “Como sentir-pensar antropofagicamente a arqueologia educativa no/do sertão maranhense frente à expansão do agronegócio?” Para o atendimento desse convite, encontram-se as narrativas das rotas arqueológicas do cotidiano vivido, pensado e compartilhado na relação eu-tu-nós em espaços escolares e não escolares e nas suas várias conexões com a educação sertaneja, inspirado na perspectiva ecologista de educação. Nessa seara, relatos vividos, ouvidos, compartilhados e sentidos em vários cotidianos ancoraram-se na arqueologia antropofágica em intensidades de produzir sentidos que considerou as teorias, as poesias, as músicas, as imagens e também os documentos públicos para fortalecer as tramas reveladas em cartas bio:gráficas e micronarrativas ficcionais que resultaram na exposição de três rotas arqueológicas que compõe a tese: 1. Silêncios declarados em terras distantes; 2. Nos rastros da educação sertaneja; 3. Fragmentos cotidianos das escolas sertanejas. Nessas três rotas arqueológicos, apresentam-se narrativas focadas em expor espaçostempos descobertos pelo pesquisador. Na primeira rota, expuseramse os caminhos para a construção da pesquisa; a arqueologia do pesquisador, que indica os temas geradores e uma arqueologia ecologista; os traços de transformações cotidianas dos sertanejos nas tramas de ocupação do espaço, desde o gado à consolidação do agronegócio. Na segunda rota, discute-se a arqueologia de um professor e o seu cotidiano, que se enlaça com o cotidiano educativo do sertão; as pistas reveladas pela história em uma revisão bibliográfica. Na terceira rota, apresentam-se os fragmentos do cotidiano da educação sertaneja no viés das escolas pensadas na cidade para o sertão; as escolas pensadas no sertão para o sertão, fruto de resistências e com uma proposta pedagógica da alternância. Os resultados evidenciaram que a educação das escolas pensadas na cidade para as comunidades sertanejas, apesar de algumas peculiaridades acertadas – como professores comprometidos com a realidade do sertão, a participação intensa da família, a existência de salas (multi)seriadas e professores que inspiram estudantes a serem professores – tem fortes ligações com a educação rural, por (re)produzir o modelo de educação da cidade. Já a educação pensada no sertão para o sertão, cuja identidade está erigida na Pedagogia da Alternância, tem se transformado e a ideologia do agronegócio tem avançado aos poucos para os cotidianos escolares. Os encontros bibliográficos com as produções de sentidos não tem a intensão de concluir a pesquisa e sim de trazer uma reflexão para as possibilidades de outras ações investigativas para deglutir outros cotidianos com os sertanejos.
- DissertaçãoAs escolas multisseriadas do município de Iguape: 1980-2008(2009) Strieder, Cristiane CorrêaEste trabalho tem como objetivo abordar o funcionamento das escolas multisseriadas que se mantêm em atividade no município de Iguape, cidade localizada no litoral sul do Estado de São Paulo, e, visa compreender as diferenças desta forma escolar da que ocorre nas escolas situadas na zona urbana, assim como a importância destas instituições para a comunidade rural. Apesar de focalizar um local específico, é possível compreender através do estudo dessas escolas, a diferença que há entre a Educação rural e urbana, diante de um contexto histórico que abrange os setores político, econômico, social e cultural. As classes multisseriadas existem desde o final do século XIX e início do século XX. Funcionavam em salas cedidas por moradores de comunidades ou na casa de algum professor. Nesse ambiente, os alunos de diferentes séries podiam permanecer, de forma concomitante, com o mesmo docente. Por isso, posteriormente, essa organização escolar também ficou conhecida como ‘escola multisseriada’ e continua em funcionamento na atualidade, apresentando em sua estrutura semelhanças significativas com a forma em que funcionava nos séculos anteriores. O procedimento metodológico da pesquisa norteou-se pelo levantamento e estudo da bibliografia sobre a história de Iguape, assim como de trabalhos científicos sobre instituições rurais e unidocentes no Brasil. Por meio da legislação e da colaboração dos órgãos oficiais responsáveis pela educação foi possível compreender a organização e o funcionamento das escolas multisseriadas. O contato empírico com a realidade deu-se por meio de visitas às escolas, entrevistas com moradores envolvidos com as instituições e docentes de classes multisseriadas. Como resultado da análise dos dados teóricos e empíricos, foi possível esclarecer a importância daquelas instituições para as famílias que ainda se vinculam efetivamente ao meio rural. Perceberam-se, também, algumas diferenças entre as escolas da cidade e as do campo. Por último, registraram-se tensões entre as populações do campo e da cidade.