Navegando por Assunto "Farmacologia pediátrica"
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- DissertaçãoAnalgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios não esteroides em prescrições pediátricas(2010) Ferreira, Tânia ReginaA prescrição pediátrica deve ser bastante minuciosa, levando em conta aspectos específicos desta população, tipos de formas farmacêuticas e formulações comercialmente disponíveis, dose e indicação clínica com evidências de segurança e eficácia. Com muita frequência, a prescrição nas faixas pediátricas é baseada em extrapolações de doses e/ou modificações de formulações para adultos, ignorando-se completamente as diferenças entre crianças e adultos. Estima-se que 30% dos medicamentos contidos em prescrições pediátricas pertençam ao grupo dos analgésicos, antipiréticos (AA) e/ou dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE). A maioria dos AINE tem indicação restrita na faixa pediátrica. Considerando os aspectos relacionados ao uso racional de medicamentos em pediatria e a escassez de trabalhos brasileiros que avaliem e comparem o uso de medicamentos em pacientes assistidos pelo setor SUS e N-SUS, esta pesquisa se propõe avaliar a indicação e a utilização de AA e AINE em crianças, a partir de análise de prescrições pediátricas e de informações fornecidas pelos cuidadores no ano de 2009, em Sorocaba, SP. Amostra composta por 150 receitas (101 – SUS e 49- N-SUS) seguidas de entrevista foram obtidas em nove locais privados (drogarias) e em nove locais públicos (seis Unidades Básicas de Saúde, dois ambulatórios de unidades préhospitais e uma clinica de especialidades médicas). Observou-se no SUS maior prevalência da dipirona (61,8%) e no N-SUS do ibuprofeno (33%), p≤ 0,05. Todos os usos considerados contraindicados foram provenientes do N-SUS (10,2%). Cerca de 70% das indicações referidas não encontram respaldo na literatura. Esta análise mostrou que não existem prescrições pediátricas de AA e AINE nesta amostra, que atendam o critério de uso racional quando proveniente do setor N-SUS e em menos de 5% do SUS. Cabe ressaltar que os clínicos que prescrevem pelo N-SUS, selecionam de maneira apropriada o medicamento em 76,0% das vezes, dado este mais elevado que o SUS (60,0%). Porém, ambos se equivocam na escolha da dose, frequência, além de não especificar o tempo de duração do tratamento. Observando os elementos relacionados à prescrição verifica-se que em 50% da totalidade das receitas, não havia a presença da via de administração; em mais de 80% não foi encontrada a quantidade total do medicamento necessária para o tratamento completo e pelo menos em 70% não constava a concentração. Conclui-se que as prescrições pediátricas de ambos os setores são incompletas e precisam urgentemente ser melhoradas. Os tratamentos estão focados somente em condutas medicamentosas descritas de maneira incompleta, duvidosa, com usos off label relacionados à indicação, faixa etária, frequência, dose e duração do tratamento, não constando nenhuma orientação não medicamentosa por escrito.
- DissertaçãoElaboração e validação de instrumento de avaliação sobre o conhecimento de reações adversas a medicamentos em pediatria: acrônimo : QUESA(2012) Tavares, Sheilla Siedler[Antecedentes]: O uso seguro e eficaz de medicamentos pediátricos requer informação adequada. Assim, o cuidado do paciente realizado por equipes de saúde de assistência, que lidam diretamente com o medicamento, envolve amplo conhecimento da farmacoterapia e da identificação e manejo das potenciais reações adversas relacionadas ao uso de medicamentos. [Objetivo]: Desenvolver e iniciar o processo de validação de um instrumento de avaliação sobre o conhecimento das equipes de saúde de hospital a respeito das reações adversas a medicamentos em pediatria. [Método]: Trata-se de estudo observacional, transversal, descritivo e analítico para construir e iniciar a validação de um instrumento, denominado QUESA. As etapas envolvidas incluíram: i. Seleção dos domínios e facetas com base em referencial teórico; ii. Formulação das questões do instrumento; iii. Validação de conteúdo realizado por meio de julgamento de diferentes examinadores (juízesavaliadores, painelistas), que analisaram a representatividade dos itens em relação às áreas de conteúdo e à relevância dos objetivos a serem medidos. Os juízesavaliadores (painelistas) informaram seu nível de concordância em cada uma das afirmativas do instrumento, nas sucessivas rodadas, utilizando-se da escala tipo Likert com quatro pontos; iv. Validação de critério, para isso foi empregado como critério externo o resultado do instrumento aplicado ao grupo focal especialista comparado ao resultado da aplicação ao grupo focal equipe de saúde de assistência em hospital; v. Validação de fidedignidade ou reprodutibilidade: verificado pelo teste e reteste ao grupo focal especialista e; vi. Consistência interna verificada por meio de análise com as quais a pontuação do teste se correlaciona. [Resultados]: O QUESA foi estruturado em três partes. A parte inicial contém o roteiro para o preenchimento do instrumento; a parte dois inclui a caracterização do profissional entrevistado e a parte três contém as 13 afirmativas, que devem ser respondidas pelo entrevistado da equipe de saúde do hospital quanto ao grau de concordância (concordo plenamente, concordo, discordo plenamente, discordo). O instrumento foi submetido a três rodadas de avaliação com os 16 painelistas selecionados. O instrumento apresenta três domínios (D1: Conceitual e manifestações sobre reações adversas a medicamentos em pediatria; D2: Identificação e manejo das suspeitas de reações adversas a medicamentos em pediatria e D3: Notificação das reações adversas a medicamentos em pediatria) e sete facetas. Se o entrevistado acertar todas as afirmativas (TOTAL TEÓRICO) sua pontuação pode variar entre 42 e 56 pontos, conforme grau de concordância ou discordância respondido (plenamente ou não). O instrumento foi aplicado duas vezes (com intervalo médio de cinco dias) no grupo focal de 46 especialistas para a primeira aplicação e para a segunda aplicação 40 especialistas resultando em pontuação 48,2 ± 3,7 e 48,3 ± 3,8 respectivamente. Estes resultados mostram que não há diferença estatisticamente significante entre eles (p=0,690; teste t de Student para amostras emparelhadas). O coeficiente de correlação intraclasse foi de 0,80. A aplicação do QUESA em 61 profissionais de equipes de saúde assistencial hospitalar de sete hospitais de Sorocaba resultou em pontuação média de 42,1 ± 3,4. Estes resultados diferem estatisticamente (p< 0,001, teste t de Student para amostras independentes) da pontuação obtida pelos especialistas. Isso significa que o instrumento QUESA tem validade para discriminar especialistas e equipes de saúde de assistência no hospital. [Conclusão]: Este estudo identificou três indicadores relevantes para avaliação do conhecimento sobre RAM. Estes indicadores poderão servir para um estudo de grande porte para verificação de fragilidades na identificação, manejo e notificação de RAM por equipes assistenciais de saúde hospitalar no Brasil.