Navegando por Assunto "Fitoterapia"
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- DissertaçãoDesenvolvimento e caracterização de filmes de fibroína de seda e membrana de celulose bacteriana para veiculação de extratos de plantas medicinais(2018) Batain, FernandoANTECEDENTES: Aloe vera (L.) Burm.f, Matricaria recutita L. e Calendula officinalis L. são plantas medicinais amplamente estudadas e com resultados promissores. Contudo, a falta de controle dos extratos vegetais afasta este recurso terapêutico da prática médica cotidiana. OBJETIVO: Projetar, desenvolver e caracterizar filmes de membrana de celulose bacteriana (mCB) e de filmes hidrogelatinosos de fibroína de seda (FH-FS) contendo extratos vegetais padronizados de A. vera, C. officinalis e M. recutita. MÉTODOS: Para veiculação dos extratos vegetais foram preparadas membranas de celulose por biossíntese bacteriana e FH-FS. Os FHFS foram preparados utilizando Polietilenoglicol 400 (PEG 400) previamente dissolvido em água (3%). Os extratos vegetais diluídos em água e incorporados em mCB e FH-FS foram avaliados para determinar a concentração inibitória mínima (CIM), propriedades mecânicas (tração e compressão), mucoadesão e perfil de liberação. A caracterização físico-química das mCB e dos FH-FS incorporados com extratos vegetais foram realizados por calorimetria exploratória diferencial (DSC) e espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). RESULTADOS: Os extratos vegetais de A. vera e M. recutita apresentaram atividade antimicrobiana contra as cepas S. aureus, P. aeruginosa e E. coli. O extrato de C. officinalis apresentou atividade contra S. aureus e P. aeruginosa. Os extratos vegetais de A. vera e C. officinalis quando incorporados na mCB inibiram o crescimento para os mesmos microrganismos, exceto E. coli. As concentrações dos extratos utilizadas no FH-FS não foram suficientes para inibir o crescimento microbiano. A análise dos resultados de FTIR mostram que as propriedades físico-química dos extratos não foram alteradas na presença de mCB e FHFS. Os eventos endotérmicos e exotérmicos observados nos FH-FS e mCB com extrato vegetal sugere uma leve redução da estabilidade físico-química quando comparados sem adição de extratos vegetais. A análise das propriedades fisiomecânicas e mucoadesão são alteradas na presença dos extratos vegetais. O perfil de liberação dos extratos é influenciado pelo veículo mCB ou FH-FS. A concentração final de PEG 400 nas formulações de FH-FS foi de 0,26%. CONCLUSÃO: A análise dos resultados obtidos neste estudo sugere que os FH podem ser utilizados como carreadores de extratos vegetais para fins medicinais de uso tópico.
- DissertaçãoEstudos pré-clínicos do cogumelo medicinal Ganoderma lucidum (Higher Basidiomycetes): evidências no diabetes mellitus gestacional(2018) Viroel, Fabia Judice MarquesIntrodução: Em humanos, os aumentos das taxas de morbidade e mortalidade materna e perinatal estão associados ao número crescente de Diabetes Mellitus Gestacional (GDM). Mães diabéticas sem tratamento durante a gravidez possuem maiores chances de terem filhos com problemas cardíacos e respiratórios, icterícia, episódios de hipoglicemia após parto e morte uterina. Após GDM, a mulher e o filho estão mais suscetíveis a desenvolverem diabetes ao longo de suas vidas. O uso de alimentos funcionais parecem ser fatores importantes no controle desse tipo de diabetes, e podem trazer potenciais benefícios à saúde materno-fetal. Objetivo: Avaliar por meio de ensaio pré-clínico in vivo o desenvolvimento materno-fetal no Diabetes Mellitus Gestacional induzido por estreptozotocina (GDM-STZ), quando da exposição materna durante o período gestacional ao cogumelo culinário-medicinal Ganoderma lucidum (Gl) Material e Métodos: Ratas Wistar prenhes foram expostas ao pó liofilizado reconstituído de Gl antes e após a indução do GDM-STZ (dose única de 40mg/kg, IV) no oitavo dia de gestação; foram realizados teste oral de tolerância à glicose, avaliações bioquímicas (ALT, AST, CK, Ureia, Creatinina, Albumina, Colesterol, HDL-Col e Triglicérides), avaliações hematológicas, avaliações de estresse oxidativo, análise do desempenho reprodutivo das ratas, avaliações morfométricas de fetos; análises histológicas materna (fígado, pâncreas e rim) e fetal (medida de hipocampo e córtex). Resultados: O Gl reduziu resposta glicêmica no teste oral de tolerância à glicose, entretanto não alterou a glicemia e os níveis de insulina materna e fetal; promoveu diminuição dos valores de AST e CK materno e CK placentário e fetal. No estresse oxidativo houve melhora dos níveis de catalase e malondialdeido com o uso do Gl administrado após a STZ e ainda diminuiu triglicerídeos séricos. Os fetos das ratas expostas ao Gl mostraram maiores medidas fetais de cabeça, tórax, craniocaudal e cauda, mantiveram a medida do hipocampo semelhante ao grupo controle. As ratas não apresentaram melhora na capacidade reprodutiva. Conclusão: Os resultados maternos e fetais obtidos até presente momento indicam que o Ganoderma lucidum na dose empregada, antes ou após a indução do GMD-STZ possui promissor potencial nutricional e medicinal na evolução da gestação e possui feitos protetores sobre os fetos.
- DissertaçãoPlantas medicinais brasileiras no tratamento de doenças do trato respiratório superior e doenças brônquicas: revisão sistemática(2014) Silva, Maria Carolina de Oliveira eNo Brasil, os medicamentos fitoterápicos são usualmente recomendados como tratamento de primeira escolha para doenças respiratórias. No entanto, existem incertezas sobre a efetividade deste tipo de tratamento. Esta revisão sistemática teve por objetivo avaliar quatorze plantas medicinais registradas na Anvisa, no tratamento de doenças trato respiratório superior e doenças brônquicas (Ananas comosus L. Merril, Echinacea purpurea Moench, Eucalyptus globules L., Glycyrrhiza glabra L., Hedera helix L., Malva sylvestris L., Mentha spp* (M. piperita ou M. villosa), Mikania spp* (M. glomerata or M. laevigata), Pelargonium sidoides D.C., Petasites hybridus L., Pimpinella anisum L., Polygala senega L., Psychotria ipecacuanha (Brot.) Stokes, Sambucus nigra L.). Foram incluídos estudos randomizados em pacientes adultos ou pediátricos com tal doença tratada por qualquer forma farmacêutica da planta medicinal em comparação com placebo, nenhum tratamento, ou uma terapia alternativa. A busca por estudos elegíveis foi realizada por meio de bases eletrônicas (Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) que contém Cochrane Acute Respiratory Infections Group’s Specialized Register; MEDLINE; EMBASE; CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature); Web of Science; Health Star (via OVID); AMED, the database of the Cochrane Complementary Medicine Field, LILACS; CAB abstracts, clinical trial.gov, WHO Trial Register e Banco de Teses brasileiro (CAPES)), foi realizada a análise de dados com verificação cruzada dos mesmos. A busca resultou em 199 artigos potencialmente elegíveis. Após revisão do artigo completo, os revisores por consenso decidiram incluir 16 artigos. A revisão envolveu 4.220 pacientes com doenças respiratórias, tratados com E.purpurea e P.sidoides. Para os resultados obtidos dos estudos incluídos (n=9) da planta medicinal E.purpurea, não houve padronização na forma de avaliação dos desfechos. No entanto, oitos estudos (n=9) apontaram benefícios para os sintomas globais no tratamento do trato respiratório e doenças brônquicas. Três dos quatro estudos que avaliaram o desfecho tosse, indicaram benefícios, quanto a gravidade e dias com sintomas. A planta P.sidoides, apresentou evidências bastante promissoras, os sete estudos avaliaram a redução da severidade dos sintomas, todos apresentaram superioridade no grupo tratamento. Dois estudos confirmaram a relação dosedependente da intervenção. Não houve em nenhum estudo, avaliação para o desfecho tosse. Ambas as plantas apresentaram efeitos adversos relatados, principalmente ligados a sintomas do sistema gastrointestinal considerados não grave. Para as outras doze plantas, pode-se afirmar que não existe evidência suficiente para as condições clínicas que esta revisão atende. Destaca-se, que dessas, duas plantas (M.glomerata e M.piperita) são financiadas pelo Ministério da saúde e distribuídas gratuitamente no SUS. Tendo em vista importantes discrepâncias entre a realidade da prática clínica e a abrangência deste estudo, sugere-se uma revisão dos registros e financiamento desses fitoterápicos nos respectivos órgãos responsáveis.