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Plantas medicinais brasileiras no tratamento de doenças do trato respiratório superior e doenças brônquicas: revisão sistemática

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2014

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Dissertação

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Resumo / Abstract

No Brasil, os medicamentos fitoterápicos são usualmente recomendados como tratamento de primeira escolha para doenças respiratórias. No entanto, existem incertezas sobre a efetividade deste tipo de tratamento. Esta revisão sistemática teve por objetivo avaliar quatorze plantas medicinais registradas na Anvisa, no tratamento de doenças trato respiratório superior e doenças brônquicas (Ananas comosus L. Merril, Echinacea purpurea Moench, Eucalyptus globules L., Glycyrrhiza glabra L., Hedera helix L., Malva sylvestris L., Mentha spp* (M. piperita ou M. villosa), Mikania spp* (M. glomerata or M. laevigata), Pelargonium sidoides D.C., Petasites hybridus L., Pimpinella anisum L., Polygala senega L., Psychotria ipecacuanha (Brot.) Stokes, Sambucus nigra L.). Foram incluídos estudos randomizados em pacientes adultos ou pediátricos com tal doença tratada por qualquer forma farmacêutica da planta medicinal em comparação com placebo, nenhum tratamento, ou uma terapia alternativa. A busca por estudos elegíveis foi realizada por meio de bases eletrônicas (Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) que contém Cochrane Acute Respiratory Infections Group’s Specialized Register; MEDLINE; EMBASE; CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature); Web of Science; Health Star (via OVID); AMED, the database of the Cochrane Complementary Medicine Field, LILACS; CAB abstracts, clinical trial.gov, WHO Trial Register e Banco de Teses brasileiro (CAPES)), foi realizada a análise de dados com verificação cruzada dos mesmos. A busca resultou em 199 artigos potencialmente elegíveis. Após revisão do artigo completo, os revisores por consenso decidiram incluir 16 artigos. A revisão envolveu 4.220 pacientes com doenças respiratórias, tratados com E.purpurea e P.sidoides. Para os resultados obtidos dos estudos incluídos (n=9) da planta medicinal E.purpurea, não houve padronização na forma de avaliação dos desfechos. No entanto, oitos estudos (n=9) apontaram benefícios para os sintomas globais no tratamento do trato respiratório e doenças brônquicas. Três dos quatro estudos que avaliaram o desfecho tosse, indicaram benefícios, quanto a gravidade e dias com sintomas. A planta P.sidoides, apresentou evidências bastante promissoras, os sete estudos avaliaram a redução da severidade dos sintomas, todos apresentaram superioridade no grupo tratamento. Dois estudos confirmaram a relação dosedependente da intervenção. Não houve em nenhum estudo, avaliação para o desfecho tosse. Ambas as plantas apresentaram efeitos adversos relatados, principalmente ligados a sintomas do sistema gastrointestinal considerados não grave. Para as outras doze plantas, pode-se afirmar que não existe evidência suficiente para as condições clínicas que esta revisão atende. Destaca-se, que dessas, duas plantas (M.glomerata e M.piperita) são financiadas pelo Ministério da saúde e distribuídas gratuitamente no SUS. Tendo em vista importantes discrepâncias entre a realidade da prática clínica e a abrangência deste estudo, sugere-se uma revisão dos registros e financiamento desses fitoterápicos nos respectivos órgãos responsáveis.


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