Navegando por Assunto "Relações trabalhistas"
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- DissertaçãoA representação do trabalho na ficção audiovisual brasileira: o filme A selva e a minissérie Amazônia : de Galvez a Chico Mendes(2009) Olivério, Ana Christina Nacif Dias de CarvalhoO objetivo principal do presente trabalho é verificar como a comunicação de massa representa as relações de trabalho no Brasil, um país onde as produções audiovisuais, especialmente as televisivas, encontram-se maciçamente presentes na cultura e referenciais do povo, podendo essas, com suas narrativas, atuar de maneira positiva ou negativa para a manutenção do sistema vigente, o capitalismo. Ao analisar dois discursos audiovisuais – o filme A Selva, de Leonel Vieira, e a minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes, de Glória Perez – são identificadas nas obras possíveis leituras das relações de trabalho e as relações sociais por essas geradas. Inicialmente são verificadas algumas representações que tiveram a Amazônia como cenário. Fala-se sobre os conceitos de ideologia e como esta se faz presente em discursos ideológicos de produtos audiovisuais. Para um melhor aprofundamento é discutida de maneira mais detalhada a narrativa clássica, uma vez sendo essa a forma de discurso audiovisual mais utilizada nas produções ocidentais. O tema cultura e a sua relação com os meios de comunicação de massa é abordado. Também é verificada a relação entre indústria cultural e cultura de massa, e seus efeitos na sociedade. O cinema e a televisão são analisados como meios audiovisuais de comunicação da indústria cultural. Faz-se um apanhado sobre o trabalho ao longo da história da humanidade, dando maior destaque para o sistema capitalista, suas bases e principais conceitos. A fim de contextualizar o tema na sociedade brasileira, temos uma recapitulação do desenvolvimento do trabalho no Brasil. Por fim, temos a análise das obras “A Selva” e “Amazônia: de Galvez a Chico Mendes”. Assim são reconsideradas as hipóteses, consolidando-as ou invalidando-as. Há uma busca de significações e possibilidades de comunicação dos elementos do texto que possibilitam gerar leituras das relações de trabalho e das relações sociais dentro dos dois discursos. As duas obras audiovisuais são examinadas tecnicamente e desmontadas, a fim de desdobrar suas significações. São identificadas possíveis leituras que determinadas cenas, personagens e histórias podem suscitar. O que é proposto é uma investigação que perceba como cada obra reafirma ou contesta uma ou outra ideologia.
- DissertaçãoAs jornalistas e as relações de trabalho: percepções dos impactos da reforma trabalhista de 2017(2024) Nascimento, Malu Francine doCom a reforma trabalhista de 2017, regulamentaram-se muitas formas de trabalho precário. Para entender como isso afetou as profissionais mulheres no campo do jornalismo, esta pesquisa partiu da seguinte pergunta norteadora: como as jornalistas entendem seu trabalho a partir da reforma trabalhista de 2017? Sendo assim, como objetivo geral busca-se identificar qual a percepção das jornalistas a respeito do impacto da reforma de 2017 no trabalho delas. Como objetivos específicos propõemse entender como as jornalistas se veem dentro do mercado de trabalho atual, apresentar qual a perspectiva pessoal sobre as mudanças promovidas pela reforma trabalhista e refletir em que medida a questão de gênero interfere no mercado de trabalho do jornalismo. Para atingir os objetivos, partiu-se do entendimento de jornalismo na perspectiva de Cremilda Medina. A autora também forneceu suporte teórico-metodológico para o desenvolvimento da entrevista aberta, estratégia escolhida para coletar, como diria Cicilia Peruzzo, os observáveis, isto é, as informações apresentadas pelas seis jornalistas ouvidas nesta pesquisa. As entrevistas foram registradas na íntegra em um diário de campo. No que concerne ao contexto social, as mudanças históricas das relações de trabalho e as principais alterações promovidas pela reforma trabalhista de 2017 foram retomadas com suporte no paradigma marxista. A partir principalmente, dos estudos de Cristina Bruschini, Sueli Carneiro e bell hooks; são abordados; o histórico das relações de trabalho das mulheres, a partir do século XIX; suas perspectivas femininas em relação ao trabalho; e a importância de um olhar interseccional para perceber os impactos que cada mulher, em sua especificidade, sente em suas relações de trabalho; bem como o conceito de Gênero de Joan Scott. A reflexão sobre o trabalho no campo do jornalismo tem como ponto de partida o binômio comunicação e trabalho de Roseli Fígaro. Ao longo da pesquisa, discorre-se sobre as mudanças no trabalho do jornalista, os impactos da tecnologia na profissão e as consequências das mudanças legislativas no campo, levando em consideração o recorte de gênero. Ao longo das entrevistas e, com base no referencial teórico, entendeu-se que a maioria das mulheres sente a discriminação de gênero no campo do jornalismo, principalmente quanto à presença feminina em cargos de liderança. Por isso, o “teto de vidro” comprova-se, especialmente, na experiência das mulheres pretas. Em relação às mudanças nas relações de trabalho regulamentadas pela reforma trabalhista, concluiu-se que a nova legislação regulamentou práticas que já eram observadas como tendência no mercado de trabalho. Espera-se, com essa pesquisa, contribuir com o campo do jornalismo e devolver às mulheres jornalistas os resultados alcançados de forma a promover a reflexão e a discussão sobre as condições de trabalho.