Navegando por Assunto "Sexo - Diferenças (Educação)"
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- DissertaçãoCartografia dos corpos estranhos: narrativas ficcionais das homossexualidades no cotidiano escolar(2009) Proença, Eder RodriguesA pesquisa tem por objeto de estudo as conversas do/no cotidiano escolar, que abordam temas caros à contemporaneidade e constituem-se solo fértil para a reflexão e o trabalho pedagógico que buscam ampliar o sentido de cidadania e, a desconstrução de representações preconceituosas da homossexualidade, possibilitando a alteridade entre os diferentes sujeitos. Os estudos sobre a sexualidade promovidos por Foucault (2007); a teoria queer e os estudos culturais apontados por Louro (2004); e a educação menor, defendida por Gallo (2006), por privilegiarem o papel político dos anônimos e que estão à margem, compõem o referencial teórico da pesquisa. A opção metodológica é pelas narrativas ficcionais, propostas por Reigota (1999), construídas a partir da vivência do/no cotidiano escolar e de um exercício profícuo com obras literárias e cinema. A partir das narrativas ficcionais, podem-se apontar algumas observações importantes: por um lado, há despreparo de muitos personagens ligados a educação frente às questões da diversidade sexual no cotidiano escolar, ainda que, um/a ou outro/a professor/a aborde sobre homossexualidade em suas aulas, na maioria das vezes, tal abordagem é mais voltada para questões biológicas ou religiosas – que enfatiza o modelo heterossexual como padrão e norma –, não contribuindo para uma reflexão de sexualidades fluídas, construídas histórica e culturalmente e; por outro lado, o protagonismo de outros/as tantos/as personagens, principalmente adolescentes e jovens estudantes, que em uma atitude política e de protesto, assumem seus corpos estranhos e suas sexualidades cambiantes, fazendo avançar algumas formas de pensar a diversidade sexual, sempre pelas frestas do currículo oficial.
- DissertaçãoRelações entre discursos de gênero e experiências de aprendizagem da matemática na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental: perspectivas docentes(2023) Vianna, Juliana de Oliveira HesselA presente pesquisa aborda a problemática do papel que os discursos de gênero desempenham nas experiências de aprendizagem de um componente curricular específico: a matemática. A literatura aponta que a diferença de desempenho em matemática entre os gêneros fica evidente nos Anos Finais do Ensino Fundamental e se consolida no Ensino Médio. Nesse marco, o estudo focaliza as docentes que atuam na primeira etapa da Educação Básica, indagando sobre suas perspectivas em relação à temática e sobre como suas práticas docentes podem contribuir para (re)produzir os discursos de gênero nas aulas de matemática. Tem, como objetivos, descrever as relações (re)produzidas entre os discursos de gênero e as experiências de aprendizagem da matemática por professoras da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, participantes de um grupo focal; e compreender, na perspectiva das participantes, as possibilidades de promover a equidade de gênero no ensino da matemática. A pesquisa adota uma metodologia qualitativa de natureza exploratória. A coleta de dados foi realizada através de quatro encontros de um grupo focal, constituído por professoras dos primeiros anos do Ensino Fundamental e do último ano da Educação Infantil, por meio de vídeo gravações dos encontros, registros das relatoras e diário de campo da pesquisadora. Os dados foram analisados, utilizando a Análise de Discurso como procedimento analítico. A análise revelou diversos discursos de gênero (re)produzidos pelas docentes relacionados às experiências de aprendizagem da matemática. Dentre eles, foram atribuídos aos meninos uma maior afinidade e agilidade com a disciplina assim como um raciocínio lógico mais desenvolvido. Em contraste, as docentes não conseguiram atribuir características específicas para as meninas com bom desempenho na matemática. Os dados mostram, ademais, que as diferenças entre os gêneros no desempenho em matemática já começam a ser produzidas no início da Educação Básica. Contudo, tais diferenças parecem não ser tão demarcadas em relação com a matemática na Educação Infantil.