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Nieri, Cibeli

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    Valorização de resíduo cerùmico vermelho em traços de concreto
    (2017) Nieri, Cibeli
    Introdução: Existem diversos estudos e aplicabilidades em busca do aproveitamento dos resĂ­duos gerados na construção civil. Embora estes resĂ­duos sĂłlidos sejam de baixa periculosidade, causam impactos ao meio ambiente devido o seu elevado volume. AlĂ©m dos resĂ­duos gerados na execução da obra e em reformas, existem tambĂ©m os resĂ­duos gerados na fabricação de elementos construtivos, Ă© o caso da cerĂąmica vermelha. Estima-se que o volume de resĂ­duos gerados na fabricação desses elementos seja entre 5% a 20% do volume de fabricação de olarias (fabricas artesanais) e indĂșstrias. DĂĄ-se ai a importĂąncia da valorização desse resĂ­duo diretamente da indĂșstria cerĂąmica, em outro elemento essencial para a construção civil fabricado a partir da extração do calcĂĄrio, sendo este um recurso finito, o cimento. Sabe-se que existem diversos tipos de cimentos com adiçÔes, inclusive os que utilizam materiais pozolĂąnicos, como por exemplo, o CP II-Z (Cimento Portland Composto com Pozolana) e o CP IV (Cimento Portland PozolĂąnico), sendo suas adiçÔes com base em materiais pozolĂąnicos naturais e ou artificiais proveniente de subprodutos de outras indĂșstrias quĂ­micas. Objetivos: Neste estudo foram desenvolvidos diversos traços em concreto com substituiçÔes parciais do cimento de alta resistĂȘncia inicial (ARI) pelo material pozolĂąnico, a fim de agregar valor ao resĂ­duo cerĂąmico vermelho proveniente de quebras e rejeitos de indĂșstrias cerĂąmicas, avaliando as variaçÔes das caracterĂ­sticas fĂ­sicas, quĂ­micas e as resistĂȘncias mecĂąnicas Ă  compressĂŁo axial. MĂ©todos: Classificou-se qualitativamente e quantitativamente o material pozolĂąnico e o cimento atravĂ©s dos ensaios de difração de raios x, fluorescĂȘncia de raios x, ĂĄrea superficial especĂ­fica e curva granulomĂ©trica para a determinação do tamanho de partĂ­culas. Verificou-se a atividade pozolĂąnica do material cerĂąmico atravĂ©s do mĂ©todo de Chapelle modificado, demonstrando o consumo de hidrĂłxido de cĂĄlcio nas amostras. Realizou-se ensaio de resistĂȘncia Ă  compressĂŁo axial para os corpos de prova sem substituição do cimento pelo material pozolĂąnico (0%) e com as respectivas substituiçÔes parciais de 10, 20, 30 e 40% nas idades de 7, 28 e 91 dias. Resultados e DiscussĂŁo: As anĂĄlises granulomĂ©tricas demonstram que o tamanho da partĂ­cula do material pozolĂąnico Ă© menor que do cimento analisado, assim como, consequentemente, a ĂĄrea superficial especĂ­fica. AtravĂ©s do ensaio de abatimento o tronco de cone observa-se o maior consumo de ĂĄgua quanto maior a substituição do cimento pelo material cerĂąmico. A difração de raios-X identificou os compostos do cimento e o tipo de argila classificada por montmorilonĂ­tica “pobre” devido a grande quantidade de sĂ­lica inerte na amostra. O ensaio pelo MĂ©todo de Chapelle identificou a baixa reatividade da amostra utilizada comparada ao material metacaulim e ao estudo realizado por Raverdy, 1980. O ensaio de FluorescĂȘncia de Raios X apresentaram os compostos CaO, SiO2, SO3, Fe2O3 e Al2O3, de acordo com os compostos do cimento tipo Ari. O material pozolĂąnico foi classificado como pozolana artificial classe N, pois as composiçÔes encontradas no ensaio de fluorescĂȘncia de Raios-X SiO2, Al2O3, Fe2O3, K2O e CaO, atendem os requisitos quĂ­micos de acordo com a NBR 12653 de 2014. Os ensaios de resistĂȘncia foram correlacionados com suas composiçÔes e idades de rompimento. ConclusĂŁo: Foi possĂ­vel utilizar a substituição parcial do cimento pelo material pozolĂąnico, mesmo com baixa reatividade, com base nos ensaios de resistĂȘncia Ă  compressĂŁo axial dos corpos de prova. A partir dos traços estudados, em comparação com o chamado traço base, Ă© possĂ­vel a utilização do traço com 10% de substituição mantendo o mĂ­nimo de 40 MPa aos 28 dias de idade.