Visões de letramento digital em projetos de extensão universitária: inclusão e inserção social
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Resumo / Abstract
Este trabalho apresenta uma análise das propostas dos projetos de extensão universitária, da área de Tecnologia e Produção desenvolvidos na Universidade de Sorocaba no período dos anos 2008 a 2012. Trabalhando como Assistente Administrativo da Pró-Reitoria Acadêmica da Instituição, faço, há muitos anos, o acompanhamento dos procedimentos de execução dos projetos de extensão, desde sua aprovação até o término de cada um. A ideia desta pesquisa surgiu quando comecei a observar que as justificativas, objetivos e metodologias de cada projeto de extensão da área citada pareciam muito vagas e pouco objetivas e, assim, poderiam comprometer o sucesso e o resultado dos projetos. Assim, comecei a refletir sobre a possibilidade, que agora trago para essa pesquisa como hipótese, que as carências e necessidades do público-alvo desses projetos pareciam não ter sido devidamente apuradas pelos proponentes dos projetos, ou então, que o entendimento sobre as relações entre o desenvolvimento de algumas habilidades no uso do computador, o letramento digital e a inclusão social talvez não estivessem claros para os professores proponentes dos projetos, razão pela qual haveria certa vagueza nas propostas. Partindo dessa hipótese desenvolvi a presente pesquisa, onde procuro identificar as visões de letramento e inclusão social subjacentes aos projetos. Por haver um lapso de tempo entre a realização dos projetos e esta pesquisa, optei realizar uma análise discursiva dos projetos, e não realizar um trabalho de pesquisa de campo junto às comunidades a quem os projetos se dirigiam. Assim, trago para discussão os conceitos de comunidade, inclusão digital, inclusão social, letramento e letramento digital. Foram analisadas, portanto, todas as propostas de projetos de extensão desenvolvidos nos últimos 5 anos. Foi possível verificar que a visões de letramento da maioria dos projetos realmente associava diretamente as habilidades no uso do computador com a inclusão social e que esta se confundia, em quase todos os casos, com a simples inserção no mundo do trabalho. Essas concepções além de simplificarem as questões sociais que envolvem as relações entre tecnologia, bem-estar social e trabalho, contrariam o próprio conceito de extensão e a missão da universidade. Ao final, faço algumas reflexões que podem auxiliar numa possível revisão das políticas de extensão na universidade.