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Mulheres de Alumínio: representações sociais sobre o câncer de mamas e suas contribuições para o ensino de enfermagem

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Data

2000

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Dissertação

Curso



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Resumo / Abstract

O câncer de mama é uma doença que afeta profundamente a vida das mulheres. Por envolver o estigma da morte, traz repercussões negativas; como a angústia e a certeza inexorável da dor. Este caráter cultural colabora para a negação da doença e consequentemente a fuga do tratamento. O auto-exame de mamas consagra-se pela sua importância na detecção precoce do câncer, uma vez que o estágio da doença implicará o tipo de tratamento. Neste trabalho identifiquei as representações sociais sobre o auto-exame de mamas, presentes nas falas das mulheres de Alumínio, a partir de minhas vivências como enfermeira da saúde da Mulher. Utilizei o referencial da Teoria das Representações Sociais, uma vez que ela preserva a dimensão social como um elemento essencial na construção do pensamento e propõe uma relação entre o conhecimento e o comportamento coletivo. Para conhecer um pouco de Alumínio, busquei a fala de alguns personagens que participaram da sua história, a fim de estabelecer correlações entre os valores e imagens sobre esta cidade e as representações das mulheres sobre o processo saúde-doença. As conversas, que aconteceram em grupos, constituíram o foco de análise. Selecionei a fala de alguns especialistas e discursos da mídia, para perceber o contexto maior de idéias que ligam-se ao tema em estudo. De maneira geral, as falas mostraram que as representações atribuídas ao câncer de mamas permeiam o medo e o desconhecimento do corpo, resultantes de uma construção social atribuída a alguns fatores como: distorções de informações, hegemonia do saber técnico-científico, processo de transferência da responsabilidade de sua própria saúde ao médico, relações de gênero e poder. Concluo apontando para a necessidade da desconstrução de representações, sobre o câncer de mamas, que distanciam a mulher da adesão à prática do auto-exame e para a necessidade de espaços de diálogos entre mulheres e enfermeiras, para que possam ser construídas representações qualitativamente significativas em relação ao câncer de mamas e às concepções que a mulher tem de si mesmas. Espero que na formação das enfermeiras, sejam contempladas questões que possibilitem esta relação dialógica.


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