Repositório Institucional da UNISO
 

Comunicação, afetos e narrar de si: análise de narrativas sobre a maternagem no canal Ter.a.pia no Youtube

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021

Tipo de documento

Dissertação

Curso



Título da Revista

ISSN da Revista

Título do Volume

Autor(es)

Orientador(es)

Coorientador(es)

Organizador(es)

Projetos de Pesquisa

Unidades Organizacionais

Fascículo

Resumo / Abstract

O ato corriqueiro de lavar louças pode resultar em reflexões e desabafos, e o compartilhamento dessa experiência tende a atrair ouvintes e seguidores. É o que se constatou a partir do contato com um canal no qual pessoas aparecem lavando louça e narrando experiências marcantes de suas vidas. Tal fato gerou a seguinte inquietação, que se configura como questão norteadora desta dissertação: de que forma são compostas as narrativas sobre maternagem no canal Ter.a.pia, tendo-se em vista a relação entre comunicação e afetos? A partir desta pergunta, o trabalho aqui apresentado tem como objetivo geral buscar compreender de que forma são compostas as narrativas sobre a maternagem no canal Ter.a.pia, considerando a relação entre comunicação, narrar de si e afetos. Para tanto, a metodologia utilizada na pesquisa parte da análise de narrativas de Cândida Gancho, que identifica especificidades na narrativa, a partir da análise de sua estrutura (personagens, enredo, narrador, tempo e espaço). Em seguida, desenvolve-se a análise dos relatos de afeto, do narrar de si como mediação da experiência, com foco nas narrativas sobre maternagem. Tal escolha se justifica devido a recorrência do tema “maternagem” nos relatos encontrados no canal. Para o desenvolvimento dessas análises, fazemos uso de reflexões amparadas pelo corpo teórico da pesquisa, composto por autores como Walter Benjamin, no que se refere às narrativas midiáticas e mediação da experiência; Baruch Spinoza e Boris Cyrulnik para aprofundar na questão do afeto, bell hooks e Andrea O´Reilly para o desenvolvimento da questão da maternagem e Bahia, para o narrar de si. Com base nesses autores, podemos afirmar que as narrativas de maternagem aqui avaliadas, como veremos adiante, dispõem sobre um modo de organizar o relato de nossas experiências, portanto, tratase de uma forma comunicacional, gerada pelo que experimentamos e nos afetou. A justificativa deste trabalho se ampara na necessidade de se discutir os novos formatos midiáticos, que ainda oferecem espaço para o narrar de si e para a organização da experiência, abordando questões emergentes e atuais, que requerem discussões constantes, tais como as representações sociais dos modelos de maternagem, que auxiliam a pensar sobre traumas, violências, preconceitos e injustiças promovidas pelas desigualdades sociais e perpetuadas pelas narrativas.


Citação

Use este identificador para citar ou linkar este item