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Modelo experimental de osteotomia para inserção de Scaffold na prevenção de osteonecrose maxilo-mandibular in vivo

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Data

2017

Tipo de documento

Dissertação

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Autor(es)

Orientador(es)

Grotto, Denise
Professora

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Resumo / Abstract

Os scaffolds são arcabouços ou suportes de estruturas tridimensionais que desempenham um papel importante durante a regeneração dos tecidos. Os scaffolds permitem a penetração de células e nutrientes nos tecidos, bem como a fixação, migração, diferenciação, proliferação e crescimento das células, além da remoção de resíduos metabólicos. A osteonecrose dos maxilares induzida por bisfosfonatos é uma doença que apresenta lesão agressiva que pode evoluir rapidamente e resultar em sequelas funcionais, estéticas e psicológicas importante para os pacientes. Assim, este estudo objetiva avaliar a implantação de scaffolds a base de quitosana, hidroxiapatita e alginato de sódio na prevenção da osteonecrose maxilar induzida por bisfosfonato. O estudo experimental foi realizado com 48 ratos machos Wistar. Os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos (n=24, de acordo com o tempo de eutanásia). Cada grupo foi dividido em quatro subgrupos (n=6): I - Controle (salina + exodontia); II – Ácido Zoledrônico (AZ) 0,6 mg/kg + exodontia; III – AZ + exodontia + scaffold quitosana/alginato de sódio/hidroxiapatita (Ch/NaAlg/Hap) 1:1:0,2; IV - AZ + exodontia + scaffold Ch/NaAlg/Hap 1:1:0,6. Após eutanásia (15 ou 30 dias após última administração de ácido zoledrônico), as maxilas foram avaliadas quanto às alterações alveolares e clínicas, por meio de exames radiográficos e histológicos. O sangue foi avaliado para parâmetros hematológicos e bioquímicos (funções hepática e renal, e cálcio), utilizando kits comerciais. Análise de variância de uma via (ANOVA) e teste de Chi-quadrado foram aplicados, e valores de p<0,05 foram considerados significantes. Na evolução de massa corpórea, não houve diferença estatística entre os subgrupos nos dois tempos de eutanásia, demostrando que a exodontia e a inserção dos scaffolds não interferiam no consumo de alimento. As imagens radiológicas não foram conclusivas. Entretanto, com a avaliação histopatológica, observou-se significativa osteonecrose no grupo tratado com AZ. A implantação dos scaffolds, apesar do processo inflamatório, da presença de colônias bacterianas e da osteomielite, conseguiu prevenir a osteonecrose. No tempo de eutanásia de 30 dias, em 50% dos animais do grupo scaffold 0,2 ocorreu osteogênese. Com relação à análise hematológica, no grupo com eutanásia de 15 dias, um aumento no número de hemácias e plaquetas foi observado no subgrupo II quando comparado ao outros subgrupos. A concentração da hemoglobina e do hematócrito diminuíram no subgrupo IV comparado ao grupo II. A atividade das transaminases hepáticas e de creatinina aumentaram significativamente no subgrupo II quando comparado ao controle. A concentração de cálcio aumentou no subgrupo IV comparado ao II. No grupo com eutanásia de 30 dias, nenhuma diferença entre os grupos foi observada para nenhum parâmetro. Concluiu-se que o AZ induziu osteonecrose no grupo que recebu apenas o medicamento. Os scaffolds (0,2 e 0,6) foram eficazes, pois foram capazes de prevenir este processo nos respectivos grupos. Todavia, os scaffolds não foram capazes de reduzir processo inflamatório e não apresentaram característica antimicrobiana. Por outro lado, os scaffolds se mostraram seguros quando se avalia a função hepática e renal. Alguns parâmetros hematológicos sofreram alterações pelos scaffold, as quais retornaram à normalidade com o tempo.


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