Repositório Institucional da UNISO
 

Analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios não esteroides em prescrições pediátricas

dc.contributor.advisorLopes, Luciane Cruz
dc.contributor.authorFerreira, Tânia Regina
dc.date.accessioned2023-05-09T20:53:57Z
dc.date.available2023-05-09T20:53:57Z
dc.date.issued2010
dc.description.abstractA prescrição pediátrica deve ser bastante minuciosa, levando em conta aspectos específicos desta população, tipos de formas farmacêuticas e formulações comercialmente disponíveis, dose e indicação clínica com evidências de segurança e eficácia. Com muita frequência, a prescrição nas faixas pediátricas é baseada em extrapolações de doses e/ou modificações de formulações para adultos, ignorando-se completamente as diferenças entre crianças e adultos. Estima-se que 30% dos medicamentos contidos em prescrições pediátricas pertençam ao grupo dos analgésicos, antipiréticos (AA) e/ou dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE). A maioria dos AINE tem indicação restrita na faixa pediátrica. Considerando os aspectos relacionados ao uso racional de medicamentos em pediatria e a escassez de trabalhos brasileiros que avaliem e comparem o uso de medicamentos em pacientes assistidos pelo setor SUS e N-SUS, esta pesquisa se propõe avaliar a indicação e a utilização de AA e AINE em crianças, a partir de análise de prescrições pediátricas e de informações fornecidas pelos cuidadores no ano de 2009, em Sorocaba, SP. Amostra composta por 150 receitas (101 – SUS e 49- N-SUS) seguidas de entrevista foram obtidas em nove locais privados (drogarias) e em nove locais públicos (seis Unidades Básicas de Saúde, dois ambulatórios de unidades préhospitais e uma clinica de especialidades médicas). Observou-se no SUS maior prevalência da dipirona (61,8%) e no N-SUS do ibuprofeno (33%), p≤ 0,05. Todos os usos considerados contraindicados foram provenientes do N-SUS (10,2%). Cerca de 70% das indicações referidas não encontram respaldo na literatura. Esta análise mostrou que não existem prescrições pediátricas de AA e AINE nesta amostra, que atendam o critério de uso racional quando proveniente do setor N-SUS e em menos de 5% do SUS. Cabe ressaltar que os clínicos que prescrevem pelo N-SUS, selecionam de maneira apropriada o medicamento em 76,0% das vezes, dado este mais elevado que o SUS (60,0%). Porém, ambos se equivocam na escolha da dose, frequência, além de não especificar o tempo de duração do tratamento. Observando os elementos relacionados à prescrição verifica-se que em 50% da totalidade das receitas, não havia a presença da via de administração; em mais de 80% não foi encontrada a quantidade total do medicamento necessária para o tratamento completo e pelo menos em 70% não constava a concentração. Conclui-se que as prescrições pediátricas de ambos os setores são incompletas e precisam urgentemente ser melhoradas. Os tratamentos estão focados somente em condutas medicamentosas descritas de maneira incompleta, duvidosa, com usos off label relacionados à indicação, faixa etária, frequência, dose e duração do tratamento, não constando nenhuma orientação não medicamentosa por escrito.pt
dc.description.abstractPaediatric prescription must be very precise, taking into consideration specific aspects of this population, the different kinds of commercial formulas, dosage and clinical indications with supporting evidence of its safety and efficiency. Frequently paediatric prescription is based on the simple modification of adult dosage and formulations, usually completely ignoring the differences between children and adults. We estimate that 30% of paediatric prescriptions belong to the group of analgesics, antipyretics (AA) and/or non-steroid anti-inflammatory drugs (AINE). The majority of the AINE drugs have their prescription restricted for children. Considering aspects related to the rational usage of paediatric drugs and taking into account that there is a lack of Brazilian published research that can compare and evaluate the use of such medicine in patients treated by the public sector (SUS) and the private sector (N-SUS), this research and essay proposes to evaluate the indication and utilisation of the AA and AINE in children, analysing the prescriptions and information given by carers in the year 2009, in Sorocaba, SP. Samples were taken from 150 prescriptions (101-SUS and 49 - N-SUS) followed by interviews at nine pharmacies and eight public places (six Basic Public Health Units and two ambulatories at Public Hospitals). We observed that the majority of AA and AINE prescribed by SUS was dipyrone (61.8%) and at the N-SUS, ibuprofen (33%), p≤0.05. All the usage considered non-indicated came from prescriptions given by the N-SUS (10.2%). Around 70% of the prescriptions were not based on scientific evidence. The analysis showed that none of the paediatric prescriptions of AA and AINE in this sample come up to the standard of rational usage when coming from the N-SUS sector and the corresponding figure is less than 5% at SUS. Another important point is that the doctors prescribing at the NSUS prescribed inappropriately 76,0% of the time, which is a higher percentage than SUS(60,0%), and that they also give the wrong advice about the dosage, frequency and duration of treatment. Observing all the elements related to prescription we find that in 50% of the these prescriptions, there was no indication of the way the medicine should be administrated; and in more than 80% we could not find indication of the total amount of medication necessary for the course treatment and in at least 70% of cases there was no indication of the appropriate concentration. We conclude that paediatric prescription in both sectors is inappropriate and needs urgent revision. The treatments are based mainly on off label usage and incomplete prescriptions in relation to the indication, frequency, dosage and duration of the treatment, and they have no clear written instruction for the patients. en
dc.identifier.urihttps://repositorio.uniso.br/handle/uniso/473
dc.subjectFarmacologia pediátrica
dc.subjectMedicamentos - Administração
dc.subjectCrianças - Cuidado e tratamento
dc.subjectPediatria
dc.titleAnalgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios não esteroides em prescrições pediátricas
dc.typeDissertação
dspace.entity.typePublication
local.rightsOpen Access

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