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Fitoterápicos de uso oral comercializados no Brasil para o tratamento da osteoartrite: revisão sistemática e metanálise

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Data

2016

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Dissertação

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Resumo / Abstract

A osteoartrite (OA) afeta 1% da população mundial e é a causa mais comum de incapacidade músculo-esquelética em idosos. Medicamentos à base de plantas medicinais são comumente comercializados e usados pela população brasileira para controlar os sintomas associados à OA. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade e a segurança de 13 medicamentos à base de plantas comercializados no Brasil para o tratamento da OA. Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos controlados randomizados em pacientes adultos com OA de joelho e/ou quadril tratados com fitoterápicos das plantas: Harpagophytum procumbens, Uncaria tomentosa, Salix alba (ambos financiados pelo governo brasileiro), Curcuma longa (ou Curcuma domestica), Chenopodium ambrosioides, Cordia curassavica (ou Cordia verbenacea), Zingiber officinale, Persea gratissima (ou Persea americana) (pertencem a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde), Boswellia serrata, Bowdichia virgilioides, Salix daphnoides, Salix purpurea e Uncaria guianensis, em comparação com placebo ou controles ativos. A busca por estudos elegíveis foi realizada nas bases de dados eletrônicas: CENTRAL; MEDLINE; EMBASE; CINAHL; Web of Science; Health Star; AMED, the database of the Cochrane Complementary Medicine Field, LILACS; CAB abstracts, clinical trial.gov, WHO Trial Register e Banco Nacional de teses da CAPES. Foram combinados os termos que descrevem OA e as plantas medicinais, individualmente. Foram medidos os desfechos primários: dor, função física, rigidez, edema, qualidade de vida e os desfechos secundários: eventos adversos, número de pacientes que relataram eventos adversos, satisfação com o tratamento, consumo de medimento de resgate e mudança na estrutura da articulação. De 2.241 estudos encontrados, 16 foram incluídos na revisão sistemática, e destes, nove foram incluídos na metanálise. Apenas três estudos preencheram todos os critérios de análise crítica e apresentaram risco mínimo de viés. H. procumbens teve eficácia semelhante à diacereína, apresentou melhor perfil de segurança e usou menos medicamento de resgate. B. serrata foi mais eficaz para dor e função física, e foi considerada mais segura comparada ao placebo e ao valdecoxibe. Os resultados da metanálise não comprovaram o benefício da U. guianensis em relação ao placebo para reduzir a dor; e nem da S. purpurea e S. daphnoides em relação ao placebo e ao diclofenaco para redução da dor, embora tenham se mostrados seguros. C. longa não foi superior ao ibuprofeno para a redução da dor e melhora da função física, mas foi considerada mais segura. Z. officinalle mostrou ser mais eficaz que placebo na redução da dor, e apresentou perfil de segurança semelhante ao diclofenaco e placebo. Os resultados deste estudo devem ser vistos com cautela devido ao baixo número de estudos incluídos. As evidências não foram suficientes para afirmar a efetividade e segurança destes fitoterápicos para AO. Desta forma, este estudo orienta os gestores do sistema de saúde pública e prescritores na tomada de decisão quanto ao uso destes fitoterápicos para OA.


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