Fitoterápicos de uso oral comercializados no Brasil para o tratamento da osteoartrite: revisão sistemática e metanálise
dc.contributor.advisor | Bergamaschi, Cristiane de Cássia | |
dc.contributor.author | Moura, Mariana Del Grossi | |
dc.date.accessioned | 2023-05-09T20:55:59Z | |
dc.date.available | 2023-05-09T20:55:59Z | |
dc.date.issued | 2016 | |
dc.description.abstract | A osteoartrite (OA) afeta 1% da população mundial e é a causa mais comum de incapacidade músculo-esquelética em idosos. Medicamentos à base de plantas medicinais são comumente comercializados e usados pela população brasileira para controlar os sintomas associados à OA. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade e a segurança de 13 medicamentos à base de plantas comercializados no Brasil para o tratamento da OA. Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos controlados randomizados em pacientes adultos com OA de joelho e/ou quadril tratados com fitoterápicos das plantas: Harpagophytum procumbens, Uncaria tomentosa, Salix alba (ambos financiados pelo governo brasileiro), Curcuma longa (ou Curcuma domestica), Chenopodium ambrosioides, Cordia curassavica (ou Cordia verbenacea), Zingiber officinale, Persea gratissima (ou Persea americana) (pertencem a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde), Boswellia serrata, Bowdichia virgilioides, Salix daphnoides, Salix purpurea e Uncaria guianensis, em comparação com placebo ou controles ativos. A busca por estudos elegíveis foi realizada nas bases de dados eletrônicas: CENTRAL; MEDLINE; EMBASE; CINAHL; Web of Science; Health Star; AMED, the database of the Cochrane Complementary Medicine Field, LILACS; CAB abstracts, clinical trial.gov, WHO Trial Register e Banco Nacional de teses da CAPES. Foram combinados os termos que descrevem OA e as plantas medicinais, individualmente. Foram medidos os desfechos primários: dor, função física, rigidez, edema, qualidade de vida e os desfechos secundários: eventos adversos, número de pacientes que relataram eventos adversos, satisfação com o tratamento, consumo de medimento de resgate e mudança na estrutura da articulação. De 2.241 estudos encontrados, 16 foram incluídos na revisão sistemática, e destes, nove foram incluídos na metanálise. Apenas três estudos preencheram todos os critérios de análise crítica e apresentaram risco mínimo de viés. H. procumbens teve eficácia semelhante à diacereína, apresentou melhor perfil de segurança e usou menos medicamento de resgate. B. serrata foi mais eficaz para dor e função física, e foi considerada mais segura comparada ao placebo e ao valdecoxibe. Os resultados da metanálise não comprovaram o benefício da U. guianensis em relação ao placebo para reduzir a dor; e nem da S. purpurea e S. daphnoides em relação ao placebo e ao diclofenaco para redução da dor, embora tenham se mostrados seguros. C. longa não foi superior ao ibuprofeno para a redução da dor e melhora da função física, mas foi considerada mais segura. Z. officinalle mostrou ser mais eficaz que placebo na redução da dor, e apresentou perfil de segurança semelhante ao diclofenaco e placebo. Os resultados deste estudo devem ser vistos com cautela devido ao baixo número de estudos incluídos. As evidências não foram suficientes para afirmar a efetividade e segurança destes fitoterápicos para AO. Desta forma, este estudo orienta os gestores do sistema de saúde pública e prescritores na tomada de decisão quanto ao uso destes fitoterápicos para OA. | pt |
dc.description.abstract | Osteoarthritis (OA) affects 1% of the world population and is the most common cause of musculoskeletal impairment in the elderly. Herbal medicines are commonly used in Brazil to control the symptoms associated with OA, however, the effectiveness of most of these agents is still unclear. The aim of this study was to evaluate the efficacy and safety of 13 herbal medicines sold in Brazil for the treatment of OA. This is a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials in adult patients with knee OA and/or hip treated with herbal plants: Harpagophytum procumbens, Uncaria tomentosa, Salix alba (financed by government), Curcuma longa (or Curcuma domestica), Chenopodium ambrosioides, Cordia curassavica (or Cordia verbenacea), Zingiber officinale, Persea gratissima (or Persea americana) (they are in the National List of Medicinal Plants of Interest to the Unified Health System) Boswellia serrata, Bowdichia virgilioides, Salix daphnoides, Salix purpurea and Uncaria guianensis compared with placebo or active controls. The search for eligible studies was conducted in electronic databases: CENTRAL; MEDLINE; EMBASE; CINAHL; Web of Science; Health Star; AMED, the database of the Cochrane Complementary Medicine Field, LILACS; CAB abstracts, clinical trial.gov, WHO Trial Register and Brazilian database of Theses of CAPES. The terms that describe OA and medicinal plants were combined, individually. Primary outcomes were measured: pain, physical function, stiffness, edema, quality of life and the secondary outcomes: adverse events, satisfaction with the treatment, rescue medication consumption and change in the structure of the linkage. From 2.241 studies found, 16 studies were included in systematic review and 9 were included in the meta-analysis. Only three studies fulfilled all validation criteria and presented a minimum risk of bias. H. procumbens had similar efficacy than diacerein, and presented better safety profile and less usage of rescue medication. B. Serrata was more effective than placebo and valdecoxib for the outcome pain and physical function, and presented low level of adverse events. The results of meta-analysis had not present benefit of use compared to U. guianensis in relation to placebo to reduce pain, but It was considered safe; no benefits were noticed from the S. purpurea and S. daphnoides in relation to placebo and to diclofenac for reduction pain, but had similar safety profile. C. longa was no superior to ibuprofen to pain reduction and physical function improvement, but it was considered the safest. Z. officinalle showed superiority compared to placebo in pain reduction, and presented similar safety profile to diclofenac and placebo. The results of this study should be carefully interpreted due to the low number of data included, which restrained the achievements. The results of this study should be viewed with caution due to low number of included studies. The evidence was not sufficient to support the safe and effective use of these herbal medicines to OA. Thus, this study guides managers of the Brazilian public health system and prescribers in the decision making regarding the use of these herbal medicines to OA. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/758 | |
dc.subject | Plantas medicinais - Uso terapêutico | |
dc.subject | Osteoartrite - Tratamento | |
dc.subject | Matéria médica vegetal | |
dc.title | Fitoterápicos de uso oral comercializados no Brasil para o tratamento da osteoartrite: revisão sistemática e metanálise | |
dc.type | Dissertação | |
dspace.entity.type | Publication | |
local.rights | Open Access |
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