Qualidade da educação superior no Brasil: duas perspectivas contraditórias
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Resumo / Abstract
Este trabalho se desenvolve na linha de Pesquisas da Educação Superior, analisando indicadores de qualidade para esse segmento, e prospectando questões pertinentes aos referenciais que balizam o referido conceito entre duas principais vertentes previamente identificadas: a mercantilista/neoliberal e a humanista/social. Os instrumentos avaliativos utilizados na conceituação de qualidade na Educação Superior apontam para a adoção de sistemáticas e modelos oriundos das relações comuns ao mercado, que conflitam com premissas que se inserem na perspectiva humanista-social, acordadas em conferências internacionais, quais sejam CRES 2008 e CMES-UNESCO 1998; 2009. Nesse sentido, é realizada pesquisa bibliográfica em obras de autores que tratam da temática, dando-se ênfase ao material produzido por reconhecidos pesquisadores nessa área acadêmica que fundamentam o referencial teórico metodológico deste trabalho. Esta pesquisa permite uma análise crítico-descritiva, evidenciando a proximidade e a distância entre parâmetros utilizados como indicadores da qualidade na educação superior brasileira e internacional, com relação a parâmetros vinculados ao desenvolvimento humano e social em uma linha de pensamento, e as influências dos fenômenos da globalização neoliberal em outra, permitindo ao leitor uma reflexão sobre a construção desses indicadores. Na tarefa de identificar os elementos básicos formadores dos sistemas de avaliação institucional na educação brasileira contemporânea, é traçada uma linha cronológica para observância de fatos históricos que a impactaram desde o século XVI. Posteriormente, são pinçados parâmetros internacionais relacionados à realidade da América Latina, do Caribe, dos Estados Unidos e da Europa, que influenciaram na formação dos indicadores hoje utilizados. Finalmente, os indicadores são questionados quanto à sua real natureza, origem e utilidade perante o que se pretende da educação brasileira.