Desfechos neonatais em gestantes adolescentes assistidas pelo Sistema Único de Saúde de Sorocaba: estudo de coorte : acrônimo : GADOL
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Resumo / Abstract
Introdução: A taxa de gestação na adolescência vem caindo ao longo dos anos, todavia, apesar dos indicadores apontarem uma queda da taxa de fecundidade, os números finais dessas gestações ainda são preocupantes. Existem muitos estudos que avaliam os desfechos neonatais, porém, são poucos aqueles que avaliam partindo de um pré-natal adequado. E a escassez fica mais evidente, quando se associa gestantes adolescentes mais jovens. Objetivo: Determinar o risco de desfechos neonatais em gestantes adolescentes mais jovens (10-13anos) acompanhadas adequadamente em serviço público especializado. Método: Estudo de coorte, realizado na policlínica Municipal Doutor Edward Maluf da cidade de Sorocaba durantes os anos de 2008 a 2014. Adolescentes (10-17 anos) grávidas, atendidas no serviço de pré-natal de alto risco, compuseram a amostra. Os desfechos neonatais (apgar 1 e 5 minutos, peso ao nascer e prematuridade) de adolescentes com 10-13 anos foram comparados com adolescentes de 14-15 anos e 16-17 anos. Os dados foram obtidos de prontuários e de entrevistas com os profissionais que atenderam as pacientes. Regressão logística foi utilizada para determinar os fatores preditivos para os desfechos negativos neonatais entre as diferentes faixas etárias. Resultados: De 1112 adolescentes acompanhadas, 758 compuseram este estudo, sendo 272 (35,8%) entre 16-17 anos; 436 (57,5%) 14-15 anos; 50 (6,6%) 10-13 anos. A maioria é alfabetizada 749 (99%), iniciou o pré-natal no primeiro trimestre 554 (80%) sendo acompanhadas em mais de seis consultas 718 (96%). O tipo de parto mais frequente em todos os grupos foi o parto normal 68,6%. Adolescentes mais jovens apresentaram a menor taxa de parto cesárea (24,5%), porém foi o com maior número de parto fórceps (8,1%). A presença de comorbidades entre as adolescentes foi de 131 (17,3%) casos, sendo mais expressivo no grupo com maior idade 67,9%. A prematuridade foi observada em 10,2% dos recém-nascidos, praticamente a mesma proporção com baixo peso e ligeira predominância do sexo masculino. Baixo peso e prematuridade do RN não diferem entre as faixas etárias de maneira significativa (p>0,05). Gestantes entre 10 e 13 anos apresentaram resultados significativos na redução dos índices de Apgar. Conclusão: Adolescentes grávidas adequadamente atendidas, durante o prénatal, em serviço especializado, podem apresentar melhores desfechos em neonatos. Faixa etária entre 10 e 13 anos tem maior risco de terem filhos com valores mais baixos de Apgar 1 e 5 minutos.