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O grupo escolar de Tietê/SP: sua importância na democratização da escola, formação da cidadania e contribuição para a isonomia na Primeira República (1889-1930)

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2018

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Resumo / Abstract

A tese analisa a história da instalação e construção do primeiro grupo escolar Luiz Antunes de Tietê/SP, instalado a 15 de outubro de 1894. É o quarto mais antigo ―templo de civilização‖, construído pelos republicanos no estado de São Paulo. Criado após a proclamação da República, ele refletia o ideário republicano de educação universal e redução do analfabetismo, centrado na filosofia positivista buscando estabelecer uma nova configuração sócio-política, de que a partir das escolas públicas poder-se-ia seguir os passos dos povos civilizados rumo ao progresso. A implantação dos grupos escolares no estado de São Paulo, ensejou que posteriormente se disseminassem por todo o Brasil. O prédio do grupo escolar de Tietê ostenta uma riqueza arquitetônica, medalhões em sua fachada e o mapa da América do Sul, cujo significado, segundo estudos de Rosa Fátima de Souza, representa um tributo à instrução como ciência e cultura. Foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. A pesquisa objetiva conhecer a implantação do referido grupo escolar no município, os destinatários do ensino, desde o ano de sua fundação em 1894 até o ano de 1930, final da Primeira República, a partir da origem dos grupos escolares paulistas. Teoricamente, busca conceituar, pelo viés da educação, cidadania e isonomia, a ideia do grupo escolar como espaço democrático de educação para todos. Metodologicamente, a investigação faz o levantamento de fontes primárias como a legislação pertinente, documentos escolares, especialmente os livros de matrículas, jornais e imagens que registram a instituição escolar no contexto da cidade, interpretados à luz de autores que são referência ao estudo das instituições escolares, como Sanfelice, Magalhães e Rosa Fátima de Souza. A análise dos livros de matrículas da época revelou a presença de filhos de brasileiros em sua maioria, além de matrículas de filhos de imigrantes italianos, portugueses, alemães e russos. A presença de grande quantidade de meninas matriculadas na ocasião, surge como um dado relevante. Também foram encontrados nos livros de matrículas a presença de crianças filhas de pequenos lavradores, negociantes e domésticos. Relatos e informações em jornais demonstraram também a presença de negros no grupo escolar. Observou-se uma evolução do número de matriculas, comparando-se o período de 1890, anterior à criação do grupo escolar até o ano de 1920 após sua implantação. Ao analisar apenas estes dados, eles permitem afirmar que o grupo escolar de Tietê foi acessível a todos e contribuiu para a democratização da educação, formação da cidadania e isonomia durante a Primeira República.


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