Repositório Institucional da UNISO
 

O que não se diz e não se vê sobre o que se diz e vê: a Avaliação Nacional da Alfabetização - ANA

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2014

Tipo de documento

Dissertação

Curso



Título da Revista

ISSN da Revista

Título do Volume

Autor(es)

Orientador(es)

Coorientador(es)

Organizador(es)

Projetos de Pesquisa

Unidades Organizacionais

Fascículo

Resumo / Abstract

À luz da teoria foucaultiana sobre relações de poder, cujos efeitos disciplinares e reguladores subjetivam os sujeitos, bem como da teoria da desigualdade social de Pierre Bourdieu, que desvenda os mecanismos que envolvem o sistema escolar e contribuem para a manutenção das propriedades de classes, esta pesquisa visa analisar a Avaliação Nacional da Alfabetização, inserida no cotidiano escolar como política pública, num contexto biopolítico. Tal pesquisa fomenta o questionamento sobre a relevância desta avaliação no processo de aprendizagem dos alunos e na construção qualitativa da educação escolar, assim como analisa essa avaliação como função de controle e regulação da vida do aluno para um fim capitalista, utilitarista e desigual, em um mundo globalizado, reforçando a distinção natural dos sujeitos pretendida pela burguesia. Foram realizadas análise documental e bibliográfica e observação do cotidiano escolar para reflexão do sistema de avaliação em larga escala instituído aos alunos do ensino fundamental, especificamente ao ciclo de alfabetização. A educação considerada na sociedade brasileira serviço de mercado e não bem público, favorece para que o papel do conhecimento tenha seu valor estratégico nas competências e habilidades competitivas e utilitaristas, desvinculando-se da matriz humanista, formativa e ética. A adoção de valores e interesses da classe dominante como referências para toda a população escolar pressupõe a reprodução social por meio da exclusão por dentro do sistema. Ao destacar a descentralização da oferta da educação básica, expõe-se o paradoxo da centralização do poder na esfera da União. Nesta pesquisa, considera-se o que os sujeitos produzem na sua ambiência social – habitus, a subjetivação e a dessubjetivação desses sujeitos a partir dos mecanismos do biopoder e as relações aí tecidas, buscando no cotidiano escolar, para além da reprodução, o que nele se cria, vislumbrando possibilidades no desmonte do cristalizado.


Citação

Use este identificador para citar ou linkar este item