Repositório Institucional da UNISO
 

Da bengala branca à caixa preta: o aparelho técnico como possibilidade do registro da luz na criação fotográfica do deficiente visual

dc.contributor.advisorSilva, Paulo Celso da
dc.contributor.authorRezende, Fernando Gonçalves
dc.date.accessioned2024-09-16T18:42:05Z
dc.date.available2024-09-16T18:42:05Z
dc.date.issued2024
dc.description.abstractA presente pesquisa apresenta resultados de estudos com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), cujo contexto são as práxis fotográficas. Como objeto de investigação, trazemos a fotografia de João Maia, fotógrafo paraolímpico deficiente visual. Assim sendo, para alicerçar nossos estudos e analisar as imagens de Maia, nos apoiaremos nos conceitos flusserianos na obra Filosofia da caixa preta – Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Para Flusser, os recursos técnicos são limitantes, e o fotógrafo que não conhece os programas contidos no interior da caixa preta é um funcionário da máquina. Neste cenário, as imagens concebidas se apresentam como código de comunicação que são mediações entre o homem e o mundo. Sendo assim, a presente pesquisa tem como objetivo investigar o uso do aparelho técnico pelo fotógrafo paraolímpico cego, bem como procurar responder se João Maia é funcionário do aparelho fotográfico ou subverte-se dos programas integrados no interior da caixa preta. Para tanto, nos apoiaremos na fenomenologia de Edmund Husserl, Walter Benjamin nos apoia na história europeia da fotografia e, também, acerca da reprodutibilidade técnica. Roland Barthes nos ampara na questão da linguagem fotográfica. No que se refere a percepção dos sentidos de como João Maia cria suas imagens técnicas, nos sustentamos na teoria da Gestalt com Max Wertheimer. Christoph Wulf, nos sustenta em relação ao poder da imaginação que cria uma complexa evolução neurológica humana na qual a fantasia desempenha um papel singular na cognição cerebral. Da mesma forma, no esteio de Norval Baitello Júnior, escolhemos três obras para compreender conceitos sobre a criação fotográfica. A metodologia que optamos para o desenvolvimento da pesquisa foi a qualitativa. Para analisarmos as imagens do fotógrafo paraolímpico, nos apoiamos em sete fotografias que Maia nos cedeu para realizarmos a análise. Fotografias essas que foram concebidas pelo fotógrafo nas paraolimpíadas do Rio 2016 e em Tóquio, 2020. Para esta empreitada, Barthes, Baitello Júnior e Wulf nos sustentará em seus conceitos imagéticos. Apresentamos também a entrevista realizada com Maia, em abril de 2022, para entendermos sua criação fotográfica no sentido auditivo e no tatear da caixa preta na qual podemos evidenciar aperfeiçoamento nesses dois sentidos humano, bem como, João Maia, por meio da percepção, consegue se orientar no espaço-tempo para conceber imagens técnicas. A pesquisa é relevante por tratar das práxis fotográficas de um deficiente visual, cujo resultado nos leva a concluir que a visão fisiológica seria dispensável no ato de fotografar.pt
dc.description.abstractThis research presents results of studies supported by the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), whose context is photographic praxis. As an object of investigation, we bring the photography of João Maia, a visually impaired Paralympic photographer. Therefore, to base our studies and analyze Maia's images, we will rely on Flusserian concepts in the work Filosofia da Caixa Negra – Essays for a future philosophy of photography. For Flusser, technical resources are limiting, and the photographer who does not know the programs contained inside the black box is an employee of the machine. In this scenario, the conceived images present themselves as a communication code that are mediations between man and the world. Therefore, the present research aims to investigate the use of the technical device by the blind Paralympic photographer, as well as seek to answer whether João Maia is an employee of the photographic device or subverts the programs integrated inside the black box. To do so, we will rely on the phenomenology of Edmund Husserl, Walter Benjamin supports us on the European history of photography and, also, on technical reproducibility. Roland Barthes supports us on the issue of photographic language. egarding the perception of the senses of how João Maia creates his technical images, we rely on the Gestalt theory with Max Wertheimer. Christoph Wulf, supports us in relation to the power of imagination that creates a complex human neurological evolution in which fantasy plays a unique role in cerebral cognition. Likewise, based on Norval Baitello Júnior, we chose three works to understand concepts about photographic creation. The methodology we chose to develop the research was qualitative. To analyze the Paralympic photographer's images, we relied on seven photographs that Maia gave us to carry out the analysis. These photographs were conceived by the photographer at the Paralympics in Rio 2016 and in Tokyo, 2020. For this endeavor, Barthes, Baitello Júnior and Wulf will support us in their imagery concepts. We also present the interview carried out with Maia, in April 2022, to understand his photographic creation in the auditory sense and in the groping of the black box in which we can evidence improvement in these two human senses, as well as how João Maia, through perception, manages to orient in space-time to design technical images. The research is relevant because it deals with the photographic practices of a visually impaired person, the result of which leads us to conclude that physiological vision would be dispensable in the act of photographing.en
dc.identifier.urihttps://repositorio.uniso.br/handle/uniso/1707
dc.identifier.urihttps://doi.org/10.22482/dspace/282
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilen
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subjectFotografia
dc.subjectFotografia - Filosofia
dc.subjectFotógrafos - Brasil
dc.subjectPessoas com deficiência visual
dc.subjectMaia, João - Crítica e interpretação
dc.subject.cnpqCIÊNCIAS SOCIAIS::Outras ciências sociais::Estudos de mídia e comunicação
dc.titleDa bengala branca à caixa preta: o aparelho técnico como possibilidade do registro da luz na criação fotográfica do deficiente visual
dc.typeDissertação
dspace.entity.typePublication
local.description.programPrograma de Pós-graduação em Comunicação e Cultura
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