Formação humanista e conceitos de Pierre Lévy: uma busca por novos sentidos para a educação
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Resumo / Abstract
O tema desta pesquisa está na interface entre as interações cognitivas, informacionais, sociais e a formação do ser humano, tendo sido gestado durante a participação no Grupo de Pesquisa em Educação Superior, Tecnologia e Inovação - GPESTI, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba - UNISO. Os estudos de Pierre Lévy foram escolhidos para atender o objeto desta investigação e focam em três conceitos: inteligência coletiva, cibercultura e ciberespaço. A problemática tem como decorrência as seguintes questões: no que consiste na formação humanista? De que forma o estudante pode ser estimulado a atuações éticas e colaborativas no contexto das interações tecnológicas? E como os três conceitos de Lévy anteriormente mencionados podem contribuir para a qualidade dessas interações? A pergunta maior que norteou a pesquisa foi: Como os conceitos propostos por Lévy contribuem para a formação humanista? O estudo trouxe referenciais teóricos educacionais de autores como Edgar Morin, Martha Nussbaum e Paulo Freire. O objetivo geral foi avaliar ideias e conceitos de Lévy que atendam aos pressupostos descritos como sendo essenciais para uma formação humanista. E, tem como justificativa o pressuposto de que as contribuições de Lévy favoreçam o diálogo construtivo e colaborativo entre professor, estudante e suas interações cognitivas, informacionais e sociais, sendo as tecnologias as aliadas para caracterizar uma formação humanista. A metodologia possui três etapas de pesquisa: 1) a definição do estado da questão, para avaliar a originalidade do tema e algum possível problema de pesquisa; 2) um estudo bibliográfico de caráter qualitativo sobre a obra de Lévy; 3) uma análise por categorização, realizada a partir de sete publicações que discutem os conceitos abordados e que, pressupomos, pautam uma formação humanista. Dentre os resultados, destacam-se, primeiramente, a adaptação dos dispositivos tecnológicos ao espaço de aprendizado, aberto e à distância, a fim de favorecer experiências personalizadas e cooperativas em rede. E, ainda, o desenvolvimento de relações com o conhecimento, cujo suporte é o ciberespaço – região em que as comunidades descobrem e constroem seus próprios objetos e onde se reconhecem como coletivos inteligentes e se desenvolve a percepção de que aquele que ensina deve estimular a inteligência coletiva, em vez de ser um mero transmissor de conhecimentos.