Avaliação crítica das diretrizes de prática clínica para o tratamento da incontinência urinária em mulheres: revisão sistemática
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Resumo / Abstract
A incontinência urinária é queixa comum em mulheres em todo o mundo, causa de sofrimento e custos significativos para indivíduos e para a sociedade. As diretrizes são importantes veículos de influência para a prática clínica. Sociedades locais, nacionais e internacionais adotam o processo de identificação de áreas clínicas relevantes, elaboração de questões clínicas específicas, revisão das evidências aplicáveis e formulação de recomendações, que os prescritores e pacientes devem seguir. Esta revisão sistemática avaliou o rigor do desenvolvimento e a transparência das diretrizes de prática clínica a respeito dos tratamentos para incontinência urinária em mulheres. As seguintes bases de dados foram consultadas: Biblioteca Cochrane (Cochrane Controlled Register of Trials - CENTRAL), MEDLINE (via Ovid); EMBASE (banco de dados Excerpta Medica, via Ovid); Web of Science e Scopus. Bancos de dados específicos de CPGs também foram pesquisados. Revisores, em triplicata e independentemente, avaliaram a qualidade das diretrizes por meio do instrumento Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation (AGREE II). A classificação priorizou o domínio 3 (rigor do desenvolvimento), considerando-se: alta (escore>60%), moderada (escore 30-60%) ou baixa qualidade (escore<30%). Os resultados foram verificados quanto às discrepâncias e decididos por consenso. Dos 9 documentos avaliados, 3 não foram recomendados para uso. As classificações foram: alta qualidade metodológica (n=5); qualidade moderada (n=2); baixa qualidade (n=2). Os domínios com as pontuações mais altas foram: escopo e finalidade (média=91,4%) e clareza de apresentação (média=89,5%). Os domínios independência editorial (média=52,2%) e aplicabilidade (média=36,8%) foram os de menor pontuação. As intervenções não farmacológicas foram as mais reportadas pelos documentos: intervenções de estilo de vida (n=8), treinamento ou reeducação vesical (n=8) e treinamento dos músculos do assoalho pélvico (n=8). A maioria dos documentos são confiáveis pois apresentaram alto rigor de desenvolvimento, entretanto, a independência editorial e a aplicabilidade representam domínios que precisam ser descritos ou melhor reportados. Estes achados podem orientar profissionais de saúde e formuladores de políticas de saúde na escolha das diretrizes para tratamento da incontinência urinária em mulheres.