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Estudo comparativo de eficácia e custo de curativos a base de prata em queimaduras tratadas ambulatorialmente

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Data

2013

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Dissertação

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Resumo / Abstract

CONTEXTO: As evidências científicas ainda são insuficientes para determinar se os tipos de curativos contendo prata, utilizados no tratamento de queimaduras de segundo grau diferem entre si quanto ao tempo para completar a epitelização das feridas, a proporção de lesões epitelizadas e a melhora dos sintomas associados. Análises sobre custos destes curativos em pacientes queimados tratados ambulatorialmente, considerando o serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde, também não estão disponíveis na literatura. OBJETIVOS: Analisar a eficácia, segurança e custos dos curativos de prata nanocristalina e sulfadiazina de prata a 1% no tratamento ambulatorial de pacientes com queimaduras superficiais. DESENHO DO ESTUDO: Ensaio clínico, controlado, randomizado, cego, em paralelo, realizado em único centro, comparando dois tipos de curativos a base de prata em pacientes queimados, tratados em regime ambulatorial. MÉTODO: Pacientes adultos entre 18 e 65 anos, com queimaduras de segundo grau, tratados em regime ambulatorial, foram randomizados (1:1) em dois grupos: sulfadiazina de prata a 1% e curativo a base de prata nanocristalina. Os desfechos primários compreenderam o tempo para completar a epitelização da ferida e a proporção de lesões epitelizadas por completo em 15 dias. Os desfechos secundários incluíram o número de trocas de curativos, o nível de dor associado à sua aplicação, custos totais diretos médicos, necessidade de cirurgia, incidência de infecção e presença de reações adversas locais. RESULTADOS: Foram randomizados 52 pacientes, 25 para o grupo sulfadiazina a 1% e 27 para o grupo prata nanocristalina. Não houve diferença estatisticamente significante em relação à epitelização em quinze dias nem na análise por intenção de tratar (DM = -11,96 IC 95% -33,8- 9,9 p = 0,27), nem na análise por protocolo (DM = -0.28 IC 95% -7,71 – 7,14 p = 0,93). O número médio de trocas de curativos de sulfadiazina de prata a 1% na análise por intenção de tratar (8,56 ± 6,3) foi significativamente superior aos de prata nanocristalina (3,25 ± 1,9) (DM = 5,30 IC 95% 2,61 – 7,98 p = 0,0004) e na análise por protocolo as trocas no grupo sulfadiazina de prata a 1% (10,81 ± 5,0) também superiores ao grupo prata nanocristalina (3,57 ± 1,7) (DM = 7,23 IC 95% 4,41 – 10,05 p < 0,001). O nível médio de dor nos pacientes tratado com sulfadiazina de prata a 1% não foi diferentemente significativo aos tratados com prata nanocristalina na análise por intenção de tratar (DM = -0,16 IC 95% -2,54 - 0,26 p = 0,09) nem na análise por protocolo (DM = -0,86 IC 95% -1,87 - 0,14 p = 0,09). O custo total médio do curativo nos tratamentos considerados eficazes, não diferem entre as intervenções (DM = - 292,41 IC 95% - 722,57 – 137,76 p = 0,15). A necessidade de cirurgia foi semelhante nos dois grupos (2 pacientes em cada intervenção). Não foram observadas reações adversas locais e presença de infecções em nenhuma das intervenções. CONCLUSÃO: O presente estudo não identificou diferenças significativas quanto à eficácia e custo das duas intervenções.


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