O lugar da arte na educação superior: conflitos e utopia
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Resumo / Abstract
O presente trabalho, articulado a uma pesquisa ampla acerca da formação do estudante universitário, realizada pelo Grupo de Estudos em Educação Superior do Programa de PósGraduação em Educação da Universidade de Sorocaba (PPGE-Uniso), traz uma reflexão sobre as relações entre o ensino da arte e a formação dos estudantes universitários do Município de Sorocaba. Considerando-se o avanço da economia de mercado e a política neoliberal, parte-se da hipótese de que as IES (Instituições de Ensino Superior), ao priorizarem a lógica capitalista, tendem a promover uma educação que privilegia o conhecimento pragmático, instrumental e normativo, formando estudantes estritamente para o mercado de trabalho e para o consumo, relegam a presença da arte a mero passatempo ou distração, banalizando-a e tirando dela seu potencial transformador e crítico. Através de pesquisa bibliográfica, discute-se a necessidade da arte (FISCHER) e algumas especificidades das artes de elite e popular e da arte para consumo (HELLER, LUKÁCS e ADORNO). A presença da arte na cidade de Sorocaba, centro focal deste estudo, e as influências dos poderes público e privado no fomento e patrocínio da arte na cidade e no currículo dos cursos universidades locais são também revistos, a ponto de se questionar se a presença de arte para o consumo representaria uma tensão na formação universitária, uma vez que não colabora para a formação crítica dos estudantes. Por fim, conclui-se que a arte é necessária no currículo universitário mas que, devido à formação voltada para o trabalho e para o encaixe na sociedade de consumo, as formas de arte mais presentes na cidade e na universidade são as formas alienantes, não sendo esse fato, um conflito, já que esse viés se encaixa aos propósitos da formação dos estudantes.