Práticas pedagógicas e desafios para o desemparedamento no cotidiano escolar: um estudo de caso na educação infantil
dc.contributor.advisor | Losano, Ana Leticia | |
dc.contributor.author | Caldini, Carolina | |
dc.date.accessioned | 2024-09-11T14:05:55Z | |
dc.date.available | 2024-09-11T14:05:55Z | |
dc.date.issued | 2023 | |
dc.description.abstract | A perspectiva do emparedamento parte do entendimento de que, a maior parte do tempo que ficam na escola, as crianças permanecem em ambientes fechados e pouco usufruem dos espaços externos, mais especificamente, dos ambientes naturais. Sendo assim, o termo desemparedamento foi empregado nesta pesquisa, para definir as experiências em contato com a natureza, onde o brincar acontece de maneira livre e espontânea. Partindo da pergunta “como se desenvolvem as práticas pedagógicas no ambiente institucionalizado de atendimento à primeira infância, onde o brincar livre e espontâneo em conexão com a natureza se apresenta como proposta pedagógica?”, o presente estudo objetivou compreender como as práticas educativas no cotidiano escolar de uma instituição privada de ensino que, conforme consta em seus documentos oficiais, adota a filosofia humanista, com inspiração na abordagem construtivista, contribuem para o desemparedamento da infância e para o processo de tornar-se humano das crianças. Deste modo, a pesquisa buscou descrever como se organiza a rotina da escola, no que diz respeito ao tempo e ao espaço; conhecer a visão das docentes e da coordenadora pedagógica acerca do brincar espontâneo em conexão com a natureza e sua efetivação nas práticas educativas cotidianas; e identificar os desafios que se apresentam nas práticas das participantes da pesquisa para promover o desemparedamento e as estratégias utilizadas para o seu enfrentamento. Desde uma abordagem qualitativa, a pesquisa adotou o estudo de caso como estratégia metodológica. Com a finalidade de alcançar os objetivos propostos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as docentes que atuam na pré-escola e com a coordenadora pedagógica da Educação Infantil. Ademais, foram realizadas observações de aulas e foi coletado material documental conexo às práticas pedagógicas desenvolvidas. O método de análise dos dados seguiu três grandes momentos: descrição dos dados, redução e construção de categorias analíticas e interpretação dos dados. A pesquisa constatou que a escola pauta suas ações pedagógicas em diversos teóricos e abordagens, não se restringindo a uma única pedagogia; que tem uma organização espacial especificamente orientada para vincular os alunos com experiências de aprendizagens na e com a natureza, e que os tempos, os espaços e os materiais são pensados e organizados para promover a autonomia das crianças. Para mais, os dados revelaram a importância de ofertar tempos e espaços para o brincar espontâneo como garantia de um direito e não como uma ação voltada unicamente para fins pedagógicos. A pesquisa revelou, ainda, o alinhamento do discurso das docentes acerca da valorização das brincadeiras espontâneas em conexão com a natureza como uma das características particulares da instituição pesquisada. Contudo, os seguintes desafios foram relatados pelas docentes participantes: acesso ilimitado à tecnologia como concorrência ao encantamento escolar e docente; conflito das famílias sobre a proposta do desemparedamento dar conta ou não de ensinar conteúdos; e planejamento, preparação e oferta dos ambientes e dos materiais. Com base nos resultados descritos, se apresentam um conjunto de orientações direcionadas a promover o processo de desemparedamento em outras instituições educativas. | pt |
dc.description.abstract | The perspective of walling starts from the understanding that, most of the time they stay at school, children remain indoors and have little use of external spaces, more specifically, of natural environments. Therefore, the term disengagement was used in this research to define experiences in contact with nature, where playing happens freely and spontaneously. Starting from the question “how are pedagogical practices developed in the institutionalized environment of early childhood care, where free and spontaneous playing in connection with nature is presented as a pedagogical proposal?”, the present study aimed to understand how educational practices in the school routine from a private teaching institution which, as stated in its official documents, adopts the humanist philosophy, inspired by the constructivist approach, contributing to the separation of childhood and to the process of becoming human in children. Thus, the research sought to describe how the school routine is organized, with regard to time and space; to know the view of the teachers and the pedagogical coordinator about spontaneous playing in connection with nature and its effectiveness in everyday educational practices; and to identify the challenges that are presented in the research participants' practices to promote disengagement and the strategies used to face it. From a qualitative approach, the research adopted the case study as a methodological strategy. To achieve the proposed objectives, semi-structured interviews were carried out with teachers who work in preschool and with the pedagogical coordinator of Early Childhood Education. In addition, observations of classes were carried out and documentary material related to the pedagogical practices developed was collected. The data analysis method followed three main moments: data description, reduction and construction of analytical categories and data interpretation. The survey found that the school bases its pedagogical actions on different theories and approaches, not restricting itself to a single pedagogy; that it has a spatial organization specifically oriented to link students with learning experiences in and with nature, and that times, spaces and materials are designed and organized to promote children's autonomy. Furthermore, the data revealed the importance of offering times and spaces for spontaneous playing as a guarantee of a right and not as an action aimed solely at pedagogical purposes. The research also revealed the alignment of the professors' speech about the appreciation of spontaneous games in connection with nature as one of the characteristics of the researched institution. However, the following challenges were reported by the participating teachers: unlimited access to technology as competition for school and teaching enchantment; conflict of families about the proposal of disengagement to handle teaching content or not; and planning, preparation and provision of environments and materials. Based on the results described, a set of guidelines is presented aimed at promoting the process of unpairing in other educational institutions. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uniso.br/handle/uniso/1671 | |
dc.identifier.uri | https://doi.org/10.22482/dspace/265 | |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | en |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | |
dc.subject | Educação de crianças | |
dc.subject | Prática de ensino | |
dc.subject | Ambiente escolar | |
dc.subject | Brincadeiras | |
dc.subject.cnpq | CIÊNCIAS SOCIAIS::Ciências Sociais::Educação | |
dc.title | Práticas pedagógicas e desafios para o desemparedamento no cotidiano escolar: um estudo de caso na educação infantil | |
dc.type | Dissertação | |
dspace.entity.type | Publication | |
local.description.program | Programa de Pós-graduação em Educação | |
relation.isAdvisorOfPublication | 51aebb3f-c375-4a5f-ad5e-37c10ecad74c | |
relation.isAdvisorOfPublication.latestForDiscovery | 51aebb3f-c375-4a5f-ad5e-37c10ecad74c |