A violência da escola: uma produção social legitimada
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Resumo / Abstract
A pesquisa pauta-se por investigações interdisciplinares sobre as violências produzidas nas escolas do ensino fundamental. Partimos do pressuposto que não existe uma violência escolar, mas um conjunto de violências que precisam ser contextualizadas. Referenciais de Foucault e Bourdieu permitem, respectivamente, conceituar as violências concretas e as simbólicas. As intermediárias tensionam os referidos conceitos e apontam para uma linha tênue entre as violências, admitindo a temporalidade conceitual. Na simbólica tomamos o referencial bourdieulesco sustentado por mecanismos que apontam como “natural” as representações ou as idéias sociais dominantes. Explica a submissão dos dominados: dominação pela imposição de regras, de sanções, violação dos direitos, domínio das linguagens portadoras de força e poder. Foucault invade a distribuição de poderes no cenário das instituições escolares, conjugando os atores da cultura escolar, professores, alunos, funcionários e diretores à obediência a ordem estabelecida. Entendemos que o tema das violências tem sido explorado pela Secretaria Municipal de Educação e seus interlocutores nas instituições escolares sob uma ótica que exclui ou finge não perceber o docente e atores da instituição, bem como a escola, como produtores de atos violentos. À problemática agrega-se a banalização das ações de agressão que, de tanto acontecer, são internalizadas como comum e inerente à ordem estabelecida. Metodologicamente, optamos por analisar as escolas do município de Boituva – SP, resgatando e articulando os estudos tematizados pelo grupo de pesquisas Podis.