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Representações sobre a escola na obra memorialística de Pedro Nava

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Data

2022

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Resumo / Abstract

Com interesse na história da educação no Brasil do início do século XX, contada pelo viés literário de cunho memorialístico, esta pesquisa buscou explorar as interfaces em que dialogam literatura e história, tendo como objetos de estudo as obras Balão cativo: memórias/2 e Chão de ferro: memórias/3, lançadas respectivamente em 1973 e 1976, como volumes da série memorialística do médico e escritor Pedro da Silva Nava (1903-1984). Visando compreender as representações da escola presentes no relato do memorialista acerca de seus anos como aluno interno, objetivou-se descrever as relações entre literatura e história da educação; investigar as condições sociais e históricas que constituíram a educação escolar do período; explicar como o contexto histórico e as relações familiares e sociais contribuíram no percurso de formação do escritor; analisar e interpretar, nos volumes escolhidos, os modos como o memorialista representa as mediações entre a escola e o educando, em sua trajetória formativa e de socialização. Ancorando-se nos estudos realizados por Chartier (2002) e Burke (2005) no campo da História Cultural e, com fulcro nos postulados de Pêcheux (1995) sobre a noção de discurso, optou-se pela investigação exploratória, de abordagem qualitativa, seguindo-se os procedimentos da pesquisa bibliográfica, conforme Gil (2002) e Minayo (2009), bem como da vertente materialista da Análise de Discurso. À luz das transformações político-educacionais vividas no país entre o Império e a República e levando em conta o percurso formativo de Pedro Nava, procedeu-se à análise e interpretação das representações sobre a escola nas obras Balão cativo: memórias/2 e Chão de ferro: memórias/3, nas quais o memorialista relata suas experiências de internato vividas entre os anos de 1914 e 1920, primeiramente no Ginásio Anglo-Mineiro, em Belo Horizonte, e depois no prestigiado Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Como resultado, evidenciou-se um estilo pessoal do escritor, com o qual ele destaca o caráter pitoresco da escola e seus personagens e põe em relevo as contribuições das experiências de internato para seu processo formativo. As representações de Nava sobre a escola são reveladoras de que seu discurso é atravessado por outros discursos, de cujos sentidos depende a legitimação de outros tantos discursos que se fizerem no âmbito das instituições das quais emergem.


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