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Tendência temporal do excesso de peso no Brasil e prevalência no município de Manaus

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Resumo / Abstract

A prevalência de excesso de peso está em ascensão no mundo e é fator de risco para outras doenças crônicas. Pesquisas populacionais são ferramentas importantes para conhecer a realidade epidemiológica, os fatores de risco e o desempenho do sistema de saúde. Esta tese teve como objetivos: (i) estimar a variação temporal da prevalência de excesso de peso em estratos populacionais (sexo e regiões do Brasil) (artigo 1) e (ii) caracterizar a prevalência de excesso de peso e os fatores associados nos anos 2015 e 2019, no município de Manaus (artigo 2). Os critérios de elegibilidade da revisão sistemática foram: estudos transversais de base populacional; entrevistas presenciais; homens e mulheres com 18 anos ou mais de idade; sem restrições de ano e status de publicação ou idioma. A seleção e a avaliação crítica dos estudos e a extração dos dados foram feitas de maneira pareada. Os desfechos primários incluíram prevalências de excesso de peso, sobrepeso e obesidade. Calculou-se meta-análise pelo modelo de efeito randômico e ponderado pelo inverso da variância. A heterogeneidade foi avaliada pelo teste do Chi-quadrado (X2) e a sua magnitude foi apurada pelo Iquadrado (I2). Realizou-se metarregressão pelo teste de Knapp e Hartung com as variáveis ano da coleta dos dados e qualidade metodológica dos estudos. Potencial viés de publicação foi avaliado por gráfico de funil e teste de Egger. O resultado da busca encontrou 7.332 estudos possivelmente elegíveis. Foram incluídos 86 estudos transversais e 8 inquéritos nacionais realizados entre os anos de 1974 e 2016. A prevalência do excesso de peso na população adulta do Brasil foi 46,7% (IC 95% 43,6-49,7%). A prevalência do excesso de peso aumentou cerca de 12% entre 2005 e 2016 e afetou metade da população adulta. As mulheres destacaram-se na prevalência de excesso de peso, 46,0% (IC 95% 42,9-49,2%) e obesidade, 21,2% (IC 95% 19,3-23,1%). Constatou-se que o excesso de peso afeta aproximadamente metade da população adulta brasileira, de ambos os sexos e em todas as regiões do país (artigo 1). Na análise de dois inquéritos de base populacional com dados do município de Manaus, o total da amostra foi 5.798 indivíduos. Calculou-se a prevalência de excesso de peso a partir dos dados referidos de altura e peso. Realizou-se a estatística descritiva e verificou-se as diferenças de excesso de peso entre 2015 e 2019 (Δ). Realizou-se regressão de Poisson, bruta e ajustada para identificar os fatores associados. A prevalência de excesso de peso geral em 2015 foi 60,6% (IC 95% 58,9-62,2%) e em 2019 foi 57,1% (IC 95% 54,6-59,5%). A prevalência de obesidade em 2015 foi 21,8% (IC 95% 20,5-23,2%) e em 2019 foi 23,2% (IC 95% 21,2-25,3%). Após ajuste da Razão de Prevalência, o excesso de peso destacou-se entre os homens e idade de 35 a 44 anos. Houve diminuição da prevalência de excesso de peso de 2015 a 2019, entre os homens (64,4% e 54,3% respectivamente; p<0,001), idade entre 18 a 24 anos (43,2% e 33,8% respectivamente; p<0,001), solteiros (55,5% e 50,1% respectivamente; p = 0,008) e situação boa de saúde (60,2% e 54,2% respectivamente; p = 0,006) (artigo 2). Os resultados dos trabalhos desenvolvidos mostram que o excesso de peso no Brasil continua em ascensão, ao longo dos anos. O problema é preocupante na população adulta do país. Há a necessidade de ações e incentivos efetivos de gestores e formuladores de políticas para a redução da prevalência de excesso de peso no Brasil.


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