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Efeito da associação finasterida e blend contendo fatores de crescimento pelo parâmetro da mutagenicidade (teste de Ames)

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Data

2020

Tipo de documento

Dissertação

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Autor(es)

Orientador(es)

Oshima-Franco, Yoko
Professora

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Resumo / Abstract

Introdução: A alopecia androgenética (AAG) é uma condição que interfere na qualidade de vida, na autoestima e na vida social do indivíduo acometido. A busca pelo melhor tratamento para erradicar ou minimizar a queda de cabelo depende da segurança do seu uso. Para aferir segurança a um composto ou a uma mistura devese conhecer a sua toxicidade, incluindo a genotoxicidade, e o ensaio Salmonella/microssoma é recomendado para esta finalidade. Objetivos: O objetivo desse estudo foi verificar a segurança da combinação finasterida com um blend contendo fatores de crescimento, através do parâmetro Salmonella/microssoma (teste de Ames). Metodologia: As concentrações de Finasterida (50 mg/mL), blend de fatores de crescimento (1,2 mg/0,1 mL) e a associação Finasterida + blend (50 mg/mL, cada) foram preliminarmente ensaiadas em limite máximo preconizado pelas agências regulatórias (5 mg/placa) com a linhagem S. typhimurium TA100 para o teste de toxicidade. Posteriormente realizou-se o ensaio em linhagens de TA97a, TA98, TA100 e TA102, na ausência (-S9) e na presença (+S9) de ativação metabólica exógena. Os resultados foram analisados estatisticamente com controles (positivo de cada linhagem, negativo e espontâneo) e os índices de mutagenicidade (IM2,0) calculados. Todos os ensaios foram realizados em triplicata. Resultados: Os valores máximos de 5 mg/placa de Finasterida, do blend e da associação não apresentaram toxicidade à linhagem TA100. No Teste de Ames, sem ativação metabólica, a finasterida, o blend e a associação não se mostraram mutagênicos nas linhagens testadas. Na presença de ativação metabólica, o blend apresentou mutagenicidade dependente da concentração, sendo segura de 0,12 a 0,000012 mg/placa após sofrer diluições em série. Entretanto, quando em mistura com concentração fixa de finasterida (5 mg/placa), o resultado foi positivo para a linhagem TA98 e TA100, indicando a participação de metabólitos da finasterida na mutagenicidade. Conclusão: O blend comercial estudado não mostrou ser um mutágeno direto, por não apresentar mutagenicidade na ausência de ativação metabólica. Entretanto, na presença de ativação metabólica, concentrações 1,2 mg/placa do blend resultaram em falso-positivo de mutagenicidade por conter em sua composição, histidina no complexo de cobre, que foi completamente atenuado em concentrações de 0,12 a 0,000012 mg/placa, consideradas seguras. Mesmo em concentrações seguras do blend, a associação com a finasterida induziu mutação reversa nas cepas TA98 e TA100 (+S9), cujas evidências da literatura, pode ter sido causada pelo metabólito finasterida-ω-ácido-óico.


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