Influência de ato regulatório no volume de substâncias psicotrópicas anorexígenas e substância sacietógena, manipuladas no município de Sorocaba, Estado de São Paulo - Brasil
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Resumo / Abstract
O Brasil ocupa, pela terceira vez consecutiva, o primeiro lugar entre os maiores consumidores mundiais de psicotrópicos anorexígenos, apresentando um consumo que chega a ser o triplo de outros países. Observam-se situações em que o tratamento farmacológico da obesidade deve ser instituído, porém, salienta-se a importância do uso racional do medicamento, com avaliação do risco-benefício para o paciente e o controle rígido por parte dos órgãos reguladores. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da RDC n° 58/07(Brasil), quanto ao volume de substâncias psicotrópicas anorexígenas e de substância sacietógena não psicotrópica, manipuladas no Município de Sorocaba-SP, no ano de 2008. Foram avaliados os Boletins de Substâncias Psicotrópicas Anorexígenas e Outras (BSPO), entregues pelas farmácias na Vigilância Sanitária Municipal sendo realizado um estudo retrospectivo e quantitativo para o volume de substâncias manipuladas durante os anos 2006 e 2007, comparados ao ano de 2008, quando entrou em vigência a RDC n°58/07. As substâncias estudadas foram: anfepramona (dietilpropiona), femproporex, mazindol e sibutramina. Comparando-se o volume entre os anos de 2006/2008 e 2007/2008, observamos uma redução de 52,80% e 47,07% do volume manipulado de femproporex, de 84,32% e 93,21% para o mazindol e 24,31% e 11,56% para a anfepramona. A substância sacietógena sibutramina, no período 2006/2008 apresentou aumento de 33,98% e redução entre 2007/2008 de 7,82%. Através deste estudo podem-se observar reduções estatisticamente significativas para as três substâncias psicotrópicas anorexígenas manipuladas em 2008, sugerindo influência da RDC n° 58/07 e indicando a não substituição das substâncias psicotrópicas anorexígenas pela sacietógena. Salienta-se a importância de atos regulatórios por parte das autoridades sanitárias, normatizando o uso racional de medicamentos.