Características de hidrogel de PVA (álcool polivinílico) com sulfadiazina de prata em ensaio de estabilidade acelerada
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Resumo / Abstract
Introdução: Hidrogéis são formas farmacêuticas caracterizadas por uma estrutura formada por redes tridimensionais de polímeros hidrofílicos que, em contato com água, intumescem mantendo sua integridade. Os hidrogéis são de particular interesse para emprego no tratamento de feridas tópicas devido a sua baixa toxicidade, potencial de liberação estendida de fármacos e capacidade de manter a ferida hidratada. Dentre os diversos polímeros empregados na obtenção dos hidrogéis destaca-se o álcool polivinílico (PVA), em função de sua versatilidade, baixo custo e atoxicidade. A sulfadiazina de prata é a droga de escolha no tratamento de queimaduras devido ao seu largo espectro de ação antimicrobiana. O desenvolvimento de uma formulação farmacêutica deve garantir ao consumidor eficácia, eficiência e segurança. Assim, para avaliação da qualidade de um produto farmacêutico são realizados estudos de estabilidade. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar as características de um hidrogel de PVA e sulfadiazina de prata para uso como curativo tópico em ensaio de estabilidade acelerada. Material e Métodos: Os hidrogéis foram preparados utilizando-se 10% de PVA (89% e 99%) e 1; 2,5; 5,0 e 10% de sulfadiazina de prata dissolvida em polietilenoglicol 400 e glutaraldeído como agente reticulador. Para a confirmação da concentração adequada de ativo foi realizado ensaio de citotoxicidade celular pela técnica do MTS (3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-5-(3- carboximetoxifenil)-2-(4-sulfofenil)-2Htetrazólio). Após a preparação dos hidrogéis empregando-se 1% (m/v) de sulfadiazina de prata, as amostras foram embaladas em sachês laminados e realizou-se o ensaio de estabilidade acelerada com análises em 0, 30, 60, 90 e 180 dias em temperatura de 25 ± 2°C e umidade relativa (UR) de 60 ± 5 %. Os parâmetros de qualidade foram: características organolépticas, umidade, intumescimento, atividade antimicrobiana, resistência mecânica, espectrofotometria de infravermelho, difração de raios X, calorimetria diferencial de varredura, avaliação da liberação de prata por potenciometria e avaliação de morfologia por microscopia eletrônica de varredura. Resultados e Discussão: Os hidrogéis apresentaram-se sem rachaduras, bolhas de ar e com coloração uniforme. Após 90 dias de armazenamento as amostras apresentaram escurecimento, provavelmente por reação da sulfadiazina de prata com glutaraldeído residual. Em todos os demais parâmetros não houve diferença significativa. Conclusão: O hidrogel é viável como curativo para infecções de pele, devendo ser mantido em temperatura de refrigerador (2-8ºC).