Navegando por Assunto "Envelhecimento"
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- DissertaçãoFacebook e terceira idade: a relação dos alunos da universidade aberta à terceira idade da Uniso e as novas tecnologias midiáticas(2014) Santos, Ana Paula dosNesta pesquisa, investiga-se a relação entre os produtos midiáticos contemporâneos e os idosos frequentadores da Universidade da Terceira Idade da Uniso. Este estudo é dividido em cinco capítulos: no primeiro, introduz-se a temática; no segundo capítulo, procede-se ao levantamento histórico das universidades da terceira idade, com ênfase para a iniciativa da Uniso; no terceiro, aborda-se o histórico da mídia específica para a terceira idade, destacando-se a rede social Facebook a partir dos trabalhos de Castells e Recuero – optou-se por esse recorte a partir do resultado a primeira fase da pesquisa, cuja aplicação de questionário a 300 participantes sinalizou que 84% eram usuários do Facebook –; no quarto capítulo, discutem-se os resultados de um experimento de uso da rede realizado com sete alunos da Universidade da Terceira Idade da Uniso. Do ponto de vista metodológico, as imagens usadas foram analisadas a partir de roteiro proposto por Kossoy e da técnica de escrita de idealizada por Lima . Os resultados desta pesquisa sugerem que a inclusão digital potencializa a possibilidade de integração social para esses indivíduos, ampliando as chances de que tenham mais voz e visibilidade social, o que possivelmente resulta no aumento de empoderamento, senso de pertencimento comunitário e autoestima, bem como na qualidade de vida e aproveitamento de oportunidades educacionais e culturais, sobretudo as relacionadas aos produtos midiáticos.
- DissertaçãoFatores preditivos de adesão ao tratamento farmacológico de uso contínuo em idosos: estudo transversal(2016) Souza, Leandro Aparecido deO processo do envelhecimento é dinâmico e progressivo, momento em que ocorrem alterações morfológicas e psicológicas que levam a vulnerabilidade e às doenças. Para o controle e tratamento dessas doenças, a intervenção farmacológica ainda é uma das principais estratégias de controle. Desta forma, a adesão à terapêutica medicamentosa é fundamental para efetividade e segurança do tratamento. O objetivo deste estudo foi identificar os fatores preditivos de adesão à terapia farmacológica em pacientes idosos sob tratamento com medicamentos de uso contínuo. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, por meio da aplicação de um questionário aos idosos que frequentam o Clube dos Idosos de Sorocaba e Universidade da Terceira Idade. Foram incluídos idosos com mais de 60 anos e que estivessem fazendo uso de algum medicamento há pelo menos 3 meses. Os resultados indicaram uma população escolarizada, com 43% com nível superior em sua formação. Relativamente à adesão e ao tratamento, pode-se perceber que idosos com tratamentos crônicos de hipertensão e dislipidemias apresentaram maior adesão com p=0,0) e 0,01 respectivamente. Idosos com maior tempo de doença (p=0,04), aqueles que recebem o medicamento do SUS (p=0,005) e das classes econômicas mais baixas (p=0,02) também aderiram mais ao tratamento. O nível de escolaridade não guardou relação com adesão ao tratamento. Os dados do presente estudo nos sugerem que as doenças crônicas como a hipertensão, dislipidemias, por trazerem um risco de morte maior, fazem com que o idoso adira mais ao tratamento. A falta do medicamento, quando acompanhada de sintomas da doença, mostram sua necessidade, garantindo maior adesão. Os idosos das classes econômicas C,D e E e aqueles que buscaram o medicamento no SUS têm no sistema público de atenção à saúde, sua única alternativa de tratamento, de forma que houve maior adesão ao tratamento nesse perfil de idosos entrevistados. Conclui-se que neste estudo, poucos são os fatores preditivos utilizados para garantir a melhor adesão farmacológica. Os que utilizam da memória, os hipertensos, dislipidêmicos, de classe econômica C-E, e os retiram exclusivamente na rede pública demonstraram mais adeptos à adesão. E os que foram considerados não aderentes (32%), caracterizado pelo grupo mais vulnerável, faz se necessário um olhar diferenciado dos pesquisadores a essa população, adotando medidas de educação em saúde para os idosos e familiares.
- DissertaçãoRessignificação da velhice em anúncios publicitários: estudo de recepção com idosos(2020) Bernhardt, Ana Thereza ZoégaO tema, ligado à linha de pesquisa Mídias e Práticas Socioculturais, enfoca de que forma os idosos (60+ anos) se identificam com os modos pelos quais a Publicidade vem os representando nos últimos anos (2012-2019). Guiada pela pergunta “Como se dá a construção de significados sobre a velhice pelos idosos via anúncios publicitários voltados para a sua faixa etária?”, o objetivo geral da dissertação é o de compreender como se dá a construção de significados sobre a velhice pelos idosos a partir dos anúncios publicitários voltados a este público-alvo. Para isso, os objetivos específicos são: explicitar aspectos da sociedade contemporânea e sua relação com a descronologização da vida; identificar como a publicidade vem representando os idosos em suas campanhas e, por fim, apontar como os anúncios publicitários são percebidos e se são aceitos ou não pelos próprios idosos. Visando alcançar tais propósitos, autores como Zigmund Bauman (2007); Lipovetsky e Serroy (2008); Anthony Giddens (2002) e Stuart Hall (2006) embasam as discussões teóricas a respeito do contexto sociocultural contemporâneo. Já as autoras Guita Grin Debert (1999) e Gisela Castro (2018) auxiliam na reflexão sobre o conceito de velhice e suas transformações ao longo do tempo. No tocante à publicidade, recorre-se às contribuições de João Carrascoza (2015) e Vander Casaqui (2011). Além da revisão bibliográfica, adota-se o estudo de recepção como a metodologia da dissertação. O estudo de recepção, com abordagem de pesquisa qualitativa, é desenvolvido por meio de minigrupos focais e realização de entrevistas pessoais, apoiando-se nos estudos de Cecília Minayo (2012), Romeu Gomes (2012) e Stuart Hall (2003). Inicialmente, a pesquisa levanta 46 campanhas publicitárias focadas no público 60+, veiculadas de forma eletrônica ou digital durante os anos de 2012 a 2019. Ao serem categorizadas em segmentos (Tradicional, Ressignificação, Estereótipos e Superação), observa-se que mais da metade das campanhas analisadas são enquadradas no tópico ressignificação, embora ainda possam existir resquícios de idadismo em alguns dos anúncios avaliados. A partir disso, a pesquisa seleciona três campanhas com diferentes perfis em relação aos idosos a serem analisadas no estudo de recepção: Velhovens (Skol), A melhor fase da vida é agora (Nutren Senior) e Burger King Senior. Os resultados demonstram que os entrevistados não se consideram ou gostariam de ser considerados “velhos”, já que essa palavra remete aos “incapazes”, “doentes” e aos que “não fazem mais nada”. Baseado no modelo de decodificação de Stuart Hall, os idosos decodificam as campanhas em três distintos cenários: de forma preferencial (A melhor fase da vida é agora); de forma moderada (Velhovens), estas duas com grande potencial de identificação; e de forma contestatória (Burger King Senior), esta última quando os idosos são representados de uma maneira mais tradicional, mais submissos e passivos, não gerando muita identificação. Os entrevistados ambicionam continuar tendo um papel ativo na sociedade e fazendo parte do todo, agindo como protagonistas das próprias vidas. A relevância da pesquisa consiste em dar voz aos idosos por meio de análise do estudo de recepção, enfatizando a importância de representá-los de uma forma socialmente ativa, com autonomia e protagonismo em relação às suas escolhas e à sua vida.