Navegando por Assunto "Jovens - Conduta"
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- DissertaçãoCompro, logo existo: a sociedade de consumo no cotidiano escolar(2010) Rossoni, Claudia Regina RechEsta dissertação pensa qualitativamente a sociedade de consumo no cotidiano escolar. Está preocupada em identificar nos alunos, que frequentam o Ensino Fundamental II, os indícios da cultura de consumo enquanto presentes na indumentária e objetos escolares, ou não, portados pelos alunos na escola. Assim, quer entender como os alunos se relacionam com esses produtos e com as marcas do mundo do consumo contemporâneo, trazidos do mundo exterior para o ambiente escolar. Para tanto, tem como referências teóricas de apoio Zygmunt Bauman, Gilles Lipovetsky, Benjamin Barber e Don Slater enquanto filósofos e sociólogos pensadores da sociedade de consumo; Jurandir Costa Freire, Maria Rita Kehl, Afrânio Mendes Cattani e Renato de Souza Porto Gilioli para entender a conceituação de juventude e sua especificidade na análise proposta; Silvio Gallo, Maria Lúcia de Amorim Soares e Leandro Petarnella no desvendamento da presença nas relações pedagógicas das relações entre consumo e mundo contemporâneo. Os procedimentos adotados envolvem a análise de trabalhos da artista americana Bárbara Kruger, do francês Zevs, dos ingleses Banksy e David Haines e dos artistas presentes na exposição realizada pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM – no Ibirapuera, em agosto de 2010; bem como os desenhos produzidos pelos alunos das 7ª.s e 8ª.s séries, na disciplina Arte, da Escola Municipal Isaura Kruger, em Alumínio/SP, a partir da proposta “Desenhe estudantes contemporâneos”. O resultado da pesquisa revela a presença das marcas, dos logotipos, do estilo de roupa, de cabelo, ideal de beleza, aparelhos como celulares, e outros, como forma de identificação e destaque dos escolares no ambiente escolar. Permite concluir, pelo menos preliminarmente, que os produtos ostentados têm, para o jovem, mais importância que os conteúdos ministrados nas várias disciplinas escolares.
- DissertaçãoCotidiano escolar no mundo contemporâneo: o celular(2011) Camargo, Vanessa de AlmeidaDiante das mudanças ocorridas no mundo contemporâneo, este trabalho pensa o celular como um objeto inserido numa sociedade mediada pela tecnologia e pelo consumo. Torna o celular artefato símbolo da contemporaneidade, que se faz presente na escola com intensidade. E um trabalho de abordagem qualitativa com os seguintes objetivos: descrever características do mundo contemporâneo, analisando mudanças ocorridas no aparelho educacional diante da presença do celular, investigar as sub-funções atribuídas ao celular para análise das experiências dos educandos frente a essa tecnologia. As referências teóricas de apoio para o desenvolvimento do pensar sobre o tema prendem-se a Zygmunt Bauman, Jean Baudrillard, Don Slater, Marisa Vorraber Costa, Mariângela Momo, Sandra Rúbia da Silva e Francisca Silva do Nascimento. Os procedimentos adotados pautaram-se, após a formatação do embasamento teórico, na coleta de informações que identificam o contexto social e econômico do grupo de alunos do 9º ano de uma instituição pública municipal de Boituva/SP. Foi realizado também o registro das falas dos alunos, por meio de conversas e observações, sobre as experiências e a relação dos mesmos com o celular a fim de verificar indícios de um padrão comportamental contemporâneo. Os resultados obtidos informam que os alunos utilizam o celular em sua forma instrumental para fazer e receber ligações, receber e enviar mensagens de texto, ouvir música, tirar fotos, sendo que, algumas vezes suas formas de consumo transcendem esse valor utilitário na busca dos últimos lançamentos. Essa constatação confirma que o celular acaba fazendo parte de toda uma categoria de objetos que classifica um estilo de vida, serve também para a “distinção”, podendo ser usado como marca de um grupo social. Assim, como a necessidade de estar com o celular sempre próximo ao corpo estabelece uma relação afetiva com o mesmo, a centralidade que os celulares adquirem na vida cotidiana aponta para serem extensão do próprio corpo estabelecendo modos de ser & viver que interagem com a construção de subjetividades. Logo, refletir sobre o fato destes jovens estarem mergulhados na lógica contemporânea da conectividade permite afirmar que a posse do celular os insere, simbolicamente, em redes de sociabilidade conectadas pelo estilo de consumo tecnológico característico deste mundo. Nesse caminho, a escola reflete o modo de viver contemporâneo. A mobilidade, a rapidez, as tecnologias, o consumismo, tomam-se características também do cenário pedagógico. Talvez a dificuldade de se conviver com o novo faz com que a escola declare “tolerância zero” aos celulares. Talvez incorporar nas práticas pedagógicas a utilização de atitudes mais flexíveis em relação às novas tecnologias como a do celular permitiram a existência de professores prontos para atuar na dinâmica veloz da atualidade.