Navegando por Assunto "Língua brasileira de sinais"
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- DissertaçãoComunicação interpessoal através da língua brasileira de sinais: a relação entre a comunidade surda e a família(2012) Santos, Alexandre Henrique Elias dosFoi através do ato comunicativo que o homem produziu e produz conhecimento, assim sendo todo indivíduo enquanto ser social deve estabelecer formas de comunicação concernentes às suas necessidades, de modo que o ato de comunicar é inerente à condição humana. Quanto à comunicação de sujeitos surdos propriamente ditos existem vários pontos de vista conflitantes que podemos explicitar em algumas correntes: a sociedade de modo geral desconhece a Língua de Sinais, entre especialistas por outro lado o debate é secular, dividido entre aqueles que defendem o oralismo e aqueles que defendem a sinalização. É neste cenário que elaboramos a questão que norteou nosso trabalho: quem são os principais responsáveis quanto a aquisição da LIBRAS pelos utentes surdos profundos e severos. Utilizando principalmente a pesquisa bibliográfica bem como as observações colhidas pelo autor na experiência cotidiana como professor e intérprete de LIBRAS, ao longo deste trabalho, apresentamos algumas das principais teorias comunicativas utilizando autores como Martino que conceitua a comunicação, Defleur e Ball-Hokeach que traçam historicamente a evolução do processo comunicativo e Macluhan que define os meios e tipos de comunicação, entre outros situando historicamente, a fala, a escrita, as línguas de sinais Americana e Brasileira (ASL e LIBRAS), demonstramos a possibilidade comunicativa dos sujeitos surdos severos e profundos através da utilização da Língua Brasileira de Sinais–LIBRAS- como língua natural destes, capaz de expressar e comunicar ideias, impressões, sentimentos, acontecimentos. Partindo desta concepção visamos ainda demonstrar que, para tais sujeitos surdos, oriundos de famílias ouvintes (cuja ocorrência é de 90% dos casos), é imprescindível não somente o diagnóstico da surdez, bem como, a utilização da LIBRAS como modelo comunicativo para todos desse núcleo social. Apontamos através de vários teóricos, como Quadros, Karnopp e Gesser entre outros que o surdo, assim como o ouvinte, estabelece modelos comunicativos que, embora diferentes da língua oral auditiva sejam concernentes com os conhecimentos por ele construídos ao longo de sua vida. De forma que pudemos concluir que a LIBRAS assim como a Língua Portuguesa são modalidades comunicativas do utente brasileiro, cujas diferenças se 7 baseiam nas características dos falantes, diferenças estas não somente quanto ao canal comunicativo (gestual-perceptivo ou oral auditivo), bem como quanto ao aspecto linguísticos, e ainda que a família como instituição social primária para todos os indivíduos é o principal esteio para que o surdo severo ou profundo possa desenvolver plenamente suas capacidades comunicativas desde a mais tenra infância. Ressaltamos ainda que para a família ouvinte com filhos surdos é imprescindível o apoio especializado tanto em relação á compreensão desta modalidade comunicativa, LIBRAS, quanto em relação à própria surdez, bem como a compreensão da evolução histórica do sujeito surdo na sociedade, ou seja, o papel do surdo como sujeito de direito. Ao fio finalizar este trabalho conclui ainda que embora um longo caminho tenha sido trilhado pelos sujeitos surdos, cabe a sociedade de modo geral tomar conhecimento das especificidades dos cidadãos não ouvintes garantindo espaço para eles e apoio para que suas famílias possam desenvolver formas comunicativas adequadas as necessidades.
- DissertaçãoEducação especial na rede pública do Estado de São Paulo: o processo de inserção no ensino de libras(2020) Fogaça, Isabel Cristina AlmeidaO trabalho aborda a inserção da LIBRAS no Atendimento Educacional Especializado e a influência na construção do currículo bilíngue em escolas estaduais no Estado de São Paulo. Recupera a história das perspectivas sobre a deficiência no mundo e no Brasil, igualmente a constituição da educação especial como uma modalidade. O objetivo geral deste trabalho é analisar os resultados que a introdução da LIBRAS no atendimento especializado gerou no restante do sistema educacional a qual está inserido. Os caminhos metodológicos envolveram uma natureza básica e aplicada, a abordagem do problema foi qualitativa e descritiva utilizando como procedimento técnico a pesquisa bibliográfica. Por meio deste trabalho foi possível observar que a projeção e a efetivação do currículo bilíngue dependem de muitos personagens que compõe a escola inclusiva.
- DissertaçãoEnsino híbrido em aulas de física: um estudo de caso no Instituto Federal de São Paulo da cidade de Itapetininga(2020) Brito, Denise MinozzoTendo em vista a verificação de práticas pedagógicas e de novos métodos de ensino especialmente os métodos que estimulam o estudante a ser mais ativo, a presente dissertação descreve um estudo de caso com o modelo híbrido, uma combinação em que as aulas presenciais complementaram a parte à distância, on-line, com os conteúdos antecipados às aulas presenciais. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto do ensino híbrido em aulas no componente curricular Física Aplicada do curso técnico em mecânica do IFSP da cidade de Itapetininga no segundo semestre de 2018. Estão descritas as ações realizadas nesta proposta metodológica, as tecnologias utilizadas, dispositivos eletrônicos, a plataforma educacional, questões de aceitação dos estudantes relativas às explicações de conteúdo curricular por meio de videoaulas que incluíram a tradução para língua dos sinais. O estudo analisou as respostas obtidas por questionário e confrontou com a literatura existente. Os estudantes demonstraram a falta do hábito de estudar os conteúdos antecipadamente, mas aprovaram o novo método, apesar de habituados com um professor fisicamente presente. Houve descontinuidade do método neste curso por alguns fatores limitantes.
- DissertaçãoO potencial comunicativo do tradutor de libras do Hand Talk: uma análise comparada com tradução humana(2021) Spim, Annayan Kariny França Alves SoaresEsta pesquisa tem como contexto a comunicação dos surdos e, como objeto, o potencial da tradução da língua de sinais – Libras – por avatares. A pergunta que norteia esse estudo assim se faz: como se dá a produção de significados na transposição dos códigos – língua portuguesa / Libras – pelo tradutor/avatar, tendo o intérprete humano como parâmetro? Com isso, contribuir para a compreensão da tradução libras por um avatar, torna-se o objetivo geral. São específicos os objetivos de apresentar breve histórico sobre o surgimento da Língua Brasileira de Sinais; tratar a Libras como linguagem híbrida conforme Santaella (2001), tendo em vista o cruzamento das matrizes verbal e visual; explicitar conceitos de linguagem/língua que constitui a libras, na perspectiva de Ferdinand Saussure e Charles S. Peirce, bem como de discurso, valendo-nos de Eni Orlandi; explicitar o conceito de tradução à luz de Roman Jakobson e Julio Plaza; identificar as peculiaridades do aplicativo Hand Talk e inventariar o potencial de sentidos envolvidos no processo de tradução, tendo como parâmetro o tradutor humano. O que se revelou na pesquisa é que o Hand Talk mostrou-se muito aquém das expectativas pelo fato de ser o mais premiado dos aplicativos para a comunicação da comunidade surda. O tradutor avatar usa a língua na concepção dos moldes saussurianos, como um sistema. A tradução intersemiótica revela-se indicial, na classificação de Plaza, por constatar elementos existentes e não fazer a semiose caminhar, como numa tradução simbólica que tradutores/intérpretes humanos são capazes. A relevância dessa pesquisa está na possibilidade de trazer para a academia reflexões sobre o modo como a comunicação da Língua Brasileira de Sinais se verifica no avatar como tradutor e produtor de significados e com isso, de certo modo, poder contribuir para a otimização de avatares/tradutores no processo comunicativo dessa população diferenciada.