Navegando por Assunto "Surdos - Meios de comunicação"
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- DissertaçãoA legenda oculta no jornal televisivo e a comunicação dos surdos(2018) Maciel, Francimar Mangabeira MartinsEssa pesquisa tem como objeto de análise o sistema Closed Caption destinado a telespectadores Surdos. Queremos saber se a legendagem televisiva produzida hoje, por esse sistema, efetivamente beneficia o telespectador Surdo, uma vez que ela segue fielmente a narração da fala. Decorre dessa problemática o objetivo de verificar se ocorre, para esse tipo de receptor, a compreensão do conteúdo da legenda. Nesse sentido, a hipótese que projetamos é que a possibilidade de uma adaptação no modelo de legenda oculta, facilitaria o entendimento do conteúdo veiculado pela mídia televisiva. Para isso, a metodologia adotada consistiu em uma abordagem teórica e empírica, fundamentada em método qualitativo baseado no relato de pessoas Surdas durante duas reuniões de Grupo Focal, na cidade de Sorocaba/SP. Os instrumentos utilizados foram: a) observação do jornal televisivo com legenda oculta e b) seleção de trechos da legenda que pudessem resultar no impedimento da compreensão dos sentidos da legenda pelo Surdo. Com isso, constatamos que a legenda é uma aliada para a acessibilidade de deficientes auditivos, mas ainda há débito em relação ao telespectador Surdo em três aspectos: velocidade, condensação e edição, salientando ainda que o segundo teria maior compatibilidade com a Libras. Notamos também que há necessidade de aproximação dos profissionais do campo da comunicação para a realidade linguística e cultural das pessoas Surdas, incluindo-as neste processo. Nosso referencial teórico está sob a ótica da concepção de que os meios são extensão do homem segundo Herbert Marshall McLuhan (1911-1980). Esta proposição da inclusão do Surdo pela comunicação é a contribuição desta dissertação que visa colaborar com uma possível adaptação do modelo de Closed Caption existente na atualidade.
- DissertaçãoComunicação interpessoal através da língua brasileira de sinais: a relação entre a comunidade surda e a família(2012) Santos, Alexandre Henrique Elias dosFoi através do ato comunicativo que o homem produziu e produz conhecimento, assim sendo todo indivíduo enquanto ser social deve estabelecer formas de comunicação concernentes às suas necessidades, de modo que o ato de comunicar é inerente à condição humana. Quanto à comunicação de sujeitos surdos propriamente ditos existem vários pontos de vista conflitantes que podemos explicitar em algumas correntes: a sociedade de modo geral desconhece a Língua de Sinais, entre especialistas por outro lado o debate é secular, dividido entre aqueles que defendem o oralismo e aqueles que defendem a sinalização. É neste cenário que elaboramos a questão que norteou nosso trabalho: quem são os principais responsáveis quanto a aquisição da LIBRAS pelos utentes surdos profundos e severos. Utilizando principalmente a pesquisa bibliográfica bem como as observações colhidas pelo autor na experiência cotidiana como professor e intérprete de LIBRAS, ao longo deste trabalho, apresentamos algumas das principais teorias comunicativas utilizando autores como Martino que conceitua a comunicação, Defleur e Ball-Hokeach que traçam historicamente a evolução do processo comunicativo e Macluhan que define os meios e tipos de comunicação, entre outros situando historicamente, a fala, a escrita, as línguas de sinais Americana e Brasileira (ASL e LIBRAS), demonstramos a possibilidade comunicativa dos sujeitos surdos severos e profundos através da utilização da Língua Brasileira de Sinais–LIBRAS- como língua natural destes, capaz de expressar e comunicar ideias, impressões, sentimentos, acontecimentos. Partindo desta concepção visamos ainda demonstrar que, para tais sujeitos surdos, oriundos de famílias ouvintes (cuja ocorrência é de 90% dos casos), é imprescindível não somente o diagnóstico da surdez, bem como, a utilização da LIBRAS como modelo comunicativo para todos desse núcleo social. Apontamos através de vários teóricos, como Quadros, Karnopp e Gesser entre outros que o surdo, assim como o ouvinte, estabelece modelos comunicativos que, embora diferentes da língua oral auditiva sejam concernentes com os conhecimentos por ele construídos ao longo de sua vida. De forma que pudemos concluir que a LIBRAS assim como a Língua Portuguesa são modalidades comunicativas do utente brasileiro, cujas diferenças se 7 baseiam nas características dos falantes, diferenças estas não somente quanto ao canal comunicativo (gestual-perceptivo ou oral auditivo), bem como quanto ao aspecto linguísticos, e ainda que a família como instituição social primária para todos os indivíduos é o principal esteio para que o surdo severo ou profundo possa desenvolver plenamente suas capacidades comunicativas desde a mais tenra infância. Ressaltamos ainda que para a família ouvinte com filhos surdos é imprescindível o apoio especializado tanto em relação á compreensão desta modalidade comunicativa, LIBRAS, quanto em relação à própria surdez, bem como a compreensão da evolução histórica do sujeito surdo na sociedade, ou seja, o papel do surdo como sujeito de direito. Ao fio finalizar este trabalho conclui ainda que embora um longo caminho tenha sido trilhado pelos sujeitos surdos, cabe a sociedade de modo geral tomar conhecimento das especificidades dos cidadãos não ouvintes garantindo espaço para eles e apoio para que suas famílias possam desenvolver formas comunicativas adequadas as necessidades.
- DissertaçãoO potencial comunicativo do tradutor de libras do Hand Talk: uma análise comparada com tradução humana(2021) Spim, Annayan Kariny França Alves SoaresEsta pesquisa tem como contexto a comunicação dos surdos e, como objeto, o potencial da tradução da língua de sinais – Libras – por avatares. A pergunta que norteia esse estudo assim se faz: como se dá a produção de significados na transposição dos códigos – língua portuguesa / Libras – pelo tradutor/avatar, tendo o intérprete humano como parâmetro? Com isso, contribuir para a compreensão da tradução libras por um avatar, torna-se o objetivo geral. São específicos os objetivos de apresentar breve histórico sobre o surgimento da Língua Brasileira de Sinais; tratar a Libras como linguagem híbrida conforme Santaella (2001), tendo em vista o cruzamento das matrizes verbal e visual; explicitar conceitos de linguagem/língua que constitui a libras, na perspectiva de Ferdinand Saussure e Charles S. Peirce, bem como de discurso, valendo-nos de Eni Orlandi; explicitar o conceito de tradução à luz de Roman Jakobson e Julio Plaza; identificar as peculiaridades do aplicativo Hand Talk e inventariar o potencial de sentidos envolvidos no processo de tradução, tendo como parâmetro o tradutor humano. O que se revelou na pesquisa é que o Hand Talk mostrou-se muito aquém das expectativas pelo fato de ser o mais premiado dos aplicativos para a comunicação da comunidade surda. O tradutor avatar usa a língua na concepção dos moldes saussurianos, como um sistema. A tradução intersemiótica revela-se indicial, na classificação de Plaza, por constatar elementos existentes e não fazer a semiose caminhar, como numa tradução simbólica que tradutores/intérpretes humanos são capazes. A relevância dessa pesquisa está na possibilidade de trazer para a academia reflexões sobre o modo como a comunicação da Língua Brasileira de Sinais se verifica no avatar como tradutor e produtor de significados e com isso, de certo modo, poder contribuir para a otimização de avatares/tradutores no processo comunicativo dessa população diferenciada.