Ação docente em tempos de abertura: considerações sobre a história da educação pública paulista de 1985 a 2000
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Resumo / Abstract
A dissertação analisa a ação docente no período de transição da ditadura civil-militar para a redemocratização e faz considerações sobre a política educacional implantada pela ditadura civil-militar, que privilegiou o aumento quantitativo de alunos e professores em detrimento da qualidade do ensino. O governo ditatorial rompeu com o Projeto Nacional Desenvolvimentista e implantou uma política econômica dependente, alinhando-se aos Estados Unidos na esfera capitalista, ao contexto da Guerra Fria. Visando a formação de mão-de-obra para as indústrias multinacionais que se instalavam no país, a educação teve reformas de caráter tecnicista e a formação de professores foi aligeirada através da licenciatura curta. Logo, a concentração profissional dos professores da escola pública paulista se tornou numerosa e suas atividades sofreram um processo de proletarização com os baixos salários, multiplicação das horas de trabalho, falta de infra-estrutura nas escolas. Os professores reagiram a essa realidade, se organizando em torno da APEOESP, entidade sindical representativa. Por meio dela lutaram por melhores condições de trabalho, tendo atuação importante no processo de abertura política como realização de fóruns de discussão para participação dos professores no trabalho de elaboração da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que foi promulgada quase uma década depois do início de seu projeto. O texto aponta alterações que a LDB assimila em seu percurso baseadas em princípios neoliberais, identificados na elaboração final da Lei. Foi o momento em que o Brasil se inseriu no mundo globalizado, assumindo compromissos internacionais relacionados à educação. A pesquisa foi realizada tendo como metodologia: consulta bibliográfica, levantamento de arquivos e leitura de jornais da época e, do acervo de material publicado pela APEOESP durante o período pesquisado. Teoricamente, utiliza o pensamento e as obras de DREIFUSS (1981), LIBÂNEO (2001, 2002, 2003), SAVIANI (1999, 2003, 2010).