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A questão agrária nos livros didáticos de geografia

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Data

2009

Tipo de documento

Dissertação

Curso



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Resumo / Abstract

O presente trabalho tem como tema o estudo da questão agrária nos livros didáticos de Geografia, adotados pela rede pública estadual, de ensino médio, com especificidade aqueles utilizados na cidade de Salto de Pirapora-SP. A realização da pesquisa justifica-se pelo fato de que a questão agrária é um tema polêmico, e tratála no livro didático, implicaria assumir posicionamentos que reforçariam a tese dos movimentos de luta pela terra ou os refutariam. O objetivo geral da pesquisa foi perceber como esses posicionamentos são revelados nas entrelinhas e imagens dos livros selecionados. Para isso, recorremos a alguns procedimentos teóricometodológicos da Análise do Discurso, na perspectiva de Dominique Maingueneau e Eni Orlandi, mais especificamente com as seguintes categorias de análise: posicionamento e prática intersemiótica e silenciamento, respectivamente. Além desses, colocou-se em diálogo autores da Geografia como Milton Santos e, em particular da Geografia Agrária, entre eles Bernardo Mançano Fernandes, Carlos Alberto Feliciano, Eduardo Girardi; bem como, pesquisadores de livros didáticos, Célia C. de Figueiredo Cassiano, Jeane Medeiros Silva e Eloisa de Mattos Höfling. Feita a análise dos capítulos que tratam da questão agrária nos livros selecionados, os resultados da pesquisa indicam que os livros revelam posicionamento favorável ao agronegócio em detrimento dos movimentos sociais; há silenciamento no tocante às questões de ordem geográfica, privilegiando a historicidade tão somente; o uso das imagens corrobora o referido posicionamento e o silenciamento. Com esta pesquisa, pode-se perceber que o livro didático não deve ser visto como referência única ao professor de Geografia no seu trabalho; deve, antes, ser objeto de crítica, reflexão, (re)construção estabelecidos pela interação aluno-professor. Agindo assim, sobre os diversos fatos e/ou fenômenos que fazem parte do nosso cotidiano, as aparências cederão lugar às verdadeiras essências, num verdadeiro movimento dialético.


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