Violência adormecida no cotidiano escolar: em seu lugar, a postura interdisciplinar
Arquivos
Data
Tipo de documento
Curso
Assunto
Autor(es)
Orientador(es)
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Resumo / Abstract
Estudo sobre as manifestações de violências entre os atores que definem o cotidiano escolar. Violência adormecida é seu nome e caracteriza-se por ações entre agressores e agredidos no palco das relações do cenário interno das instituições escolares. Trata-se de um fenômeno nacional que não pode ser confundido com o bullying ou, meramente, importado de outros países como os EUA e Europa que possuem peculiaridades referentes à concepção de Estado, de sociedade, de política, de cultura, de valores e, fundamentalmente, de educação. Partimos do pressuposto que não existe uma violência da hiperatividade, isto é, da violência adormecida, mas um conjunto de violências que necessitam ser contextualizadas. O estudo produziu novos saberes que permitem afirmar que entre a violência concreta e a simbólica existe uma linha tênue que podemos chamar de violência intermediária. Metodologicamente, pautamo-nos por investigações interdisciplinares, que suprime a fragmentação do conhecimento, e verificações das relações intersubjetivas entre professores do ensino fundamental de 5ª a 8ª séries, crianças e adolescentes de uma escola estatal de caráter público, da cidade de Sorocaba, faixa etária entre dez e quinze anos. A pesquisa revelou possibilidades de superar o desafio durante o processo cultural, marcado por comportamentos pedagógicos de transferência de conhecimento cuja modelo escolar restringe a criatividade e o incentivo durante a formação continuada dos professores. Destacamos a cultura ensino- aprendizagem que, ao contrário de processo, visão disciplinar de início, meio e fim, estabelece a construção interdisciplinar inerente à postura do professor que passa a ser pesquisador. As relações intersubjetivas são valorizadas como parte do contexto que define o que é e o que não é violência. Daí a necessidade de ponderar os cenários macro da sociedade hodierna, e o espaço micro das relações interpessoais familiares e da escola no seu cotidiano, sendo por conseguinte, indissociáveis. Como recursos metodológicos utilizamo-nos de grupos focais (docentes e discentes), observação participante e questionários qualitativos.