A trajetória da aprendizagem da matemática e a influência da revolução da informática: um diálogo com alunos do ensino médio da escola pública
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Resumo / Abstract
Na busca de uma trajetória da aprendizagem da matemática, parto de épocas distantes. Percorro caminhos diversos que, ao final, me levam a observar o computador, uma das conquistas recentes da humanidade e sua influência no ensinar e no aprender, dos dias de agora. Pelos caminhos que percorri, das épocas distantes ou recentes, procuro descobrir o homem pensante. Não contemplo apenas as conquistas e os conhecimentos adquiridos em tempos remotos, mas também os atuais e mesmo os inseridos no próprio ser humano, mas distantes, pela falta de aproximação e contato pessoal, que só o conhecimento pode dar. No percurso imaginário que realizei, corri em busca de capacitação que me permitisse avançar na construção de novos saberes ligados e relacionados com a minha própria prática. A viagem começa admirando o pensamento matemático dos povos antigos, suas construções e elaboradas técnicas de cálculo. Penetra no labirinto da mente, observando os procedimentos necessários para que se realize a aprendizagem, detendo-se na observação da aprendizagem significativa e construtiva. Contempla a sociedade atual, repleta de esperanças e desencantos e que exige novos questionamentos. É nesta sociedade que estão inseridos nossos alunos e nela se preparam para o exercício da cidadania Por fim, entra dentro de uma escola e convive com alunos ávidos de esperança, repletos de ilusões, todos esperando um dia ocupar o melhor lugar na sociedade de onde vêm. Aqui eles trocam suas experiências, realizam seus encontros e também manifestam as suas diferenças, pessoais e sociais, de uma sociedade injusta e cheia de contrastes. Encontra uma escola ainda em busca de um novo caminho. Os alunos consideram importante o estudo, mas não sentem uma verdadeira sintonia entre o ensinar e o aprender da escola, com os conhecimentos e a maneira de viver de uma sociedade, que se comporta e apresenta valores muito distintos dos que nela são praticados. Os alunos ficam divididos entre acreditar e não acreditar que a utilização do computador ajudaria na sua aprendizagem, até porque são poucas as suas experiências nesse sentido. A escola pública com sua crônica falta de recursos e seus poucos computadores, pouco tem a oferecer. Apesar de a maioria dos alunos dizer que sabe utilizar um computador, são poucos os alunos que têm computador em sua casa e a experiência de cada um, na maioria dos casos, se resume a utilizar o computador como passatempo, curiosidade e diversão. São poucos os que utilizam o computador como fonte de pesquisa que auxilie sua aprendizagem e enriqueça o seu conhecimento. Verifica-se, facilmente, que os alunos gostam da realidade virtual pelo imediatismo, pela sua atualização e pela grande variedade de informações e curiosidades que apresenta, mas sendo a realidade virtual uma realidade solitária e fria, a escola atual requer dos educadores uma transformação da linha da humanização. A mudança da busca do ensino aprendizagem, pelo aprender a aprender, é imperativo, e os educadores precisarão mudar nesse sentido.