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A escola nas prisões paulistas: a fala do monitor preso

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Data

2010

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Dissertação

Curso



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Resumo / Abstract

O objetivo desta pesquisa é investigar uma experiência que está sendo desenvolvida nas penitenciárias paulistas, onde, prisioneiros selecionados pela Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel, atuam no comando das salas de aula, substituindo assim professores no exercício de lecionar para milhares de prisioneiros que buscam na escola uma alternativa de construir opções para a vida futura em liberdade. Estes prisioneiros que atuam a frente das salas de aula, receberam o nome de monitores presos, pois em sua maioria são pessoas com uma formação que os possibilitam atuar na regência, mas, não o suficiente para serem professores. E, eles mesmos assim, como os alunos, são seres anônimos, condenados ao isolamento e à solidão. Sendo estes prisioneiros e prisioneiras adultos, a modalidade de educação proposta é a Educação para jovens e adultos (EJA). E, estando esta escola para privados de liberdade inserida dentro de um espaço prisional que não apenas isola os condenados, mas busca por princípios legais e filosóficos a reintegração destas pessoas à sociedade após o cumprimento da pena, foi necessário pesquisar a história das prisões, o seu surgimento como espaço de recuperação do criminoso, os seus dilemas no Brasil desde a chegada dos portugueses até a atualidade; investiguei especificamente o Estado de São Paulo, maior estado da Federação e espaço onde a experiência de educação não tem sido um encargo da Secretaria Estadual de Educação, e sim, da Funap, órgão vinculado à Secretaria da Administração Penitenciária. Para compreender esta experiência educacional para privados de liberdade, é preciso investigar também a legislação brasileira e o aparato legal que garante o direito à Educação a todos, inclusive àqueles que se encontram privados de liberdade. Desta maneira, conhecendo a prisão e seus métodos de dominação e controle da massa encarcerada, e conhecendo a legislação brasileira sobre educação para privados de liberdade, poderíamos analisar o projeto de escolarização ali presente com outro olhar. A compreender os sentidos conferidos à função de monitor preso e a educação que ali apresenta contornos pouco convencionais para os pesquisadores de Educação. Desta forma, estabelecendo um diálogo com os monitores presos, pude não só aprender outros significados, muitas vezes desconhecidos, como também confirmar idéias e concepções já estabelecidas em relação à educação no interior das prisões.


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