Repositório Institucional da UNISO
 

O celular no cotidiano escolar: relações de poder, usos, abusos e proibições

dc.contributor.advisorNogueira, Eliete Jussara
dc.contributor.authorSanctis, Ricardo José Orsi de
dc.date.accessioned2023-05-09T20:58:15Z
dc.date.available2023-05-09T20:58:15Z
dc.date.issued2019
dc.description.abstractA presente tese de Doutorado tem como objetivo compreender o uso do celular no cotidiano escolar e as relações de poder que em torno dele se estabelecem. Na incursão das produções acadêmicas sobre a inserção das novas tecnologias na educação, nota-se uma polarização entre discursos deterministas e instrumentalistas que têm sido produzidos, atribuindo a elas um valor autônomo ou a qualidade de serem mais um instrumento a serviço da educação e apontando barreiras de resistências a serem transpostas para seu efetivo uso na prática docente. O levantamento de documentos oficiais que incentivam o uso dos celulares no cotidiano escolar e das leis que o proíbem trouxe uma governamentalidade contraditória, tornando o questionamento a respeito do uso do celular ainda mais relevante. Nesse contexto, ao se investigar o cotidiano escolar, relatórios apresentados na supervisão de estágio de alunas de um Curso de Licenciatura em Letras serviram de documentos de análise para identificar como a escola e o professor estabelecem o uso do celular em sala de aula, como reagem os alunos com o uso ou as proibições prescritas no cenário escolar, bem como o uso pessoal das estagiárias e suas opiniões sobre o uso no processo de ensino-aprendizagem. O método de análise dos dados foi o Discurso do Sujeito Coletivo capaz de, por meio do registro das respostas aos questionamentos abertos feitos no relatório, desenhar painéis que põem luz nas representações sociais. Os resultados apontaram para uma prática docente que proíbe o uso do celular em sala de aula, com ressalvas para uso pedagógico, com controle do professor, porém com poucos relatos de práticas seja de forma instrumental e ou rizomática. As ideias centrais que surgiram no discurso permitiram que o agrupamento de quatro categorias: o uso do celular feito pelas estagiárias que traz o uso pessoal e as opiniões sobre a adoção do uso pedagógico no cotidiano escolar; o cenário escolar e a organização que se revela esquadrinhada; a prática dos docentes - o uso e as proibições do celular; os alunos: seus usos, possíveis abusos e ou resistência. De modo geral, foi possível identificar que, embora o celular esteja presente no cotidiano das pessoas, a escola se posiciona contrária a seu uso. A proibição anuncia a manutenção de uma escola ainda com foco na disciplina e envida esforços para o esquadrinhamento e a docilização dos corpos, mais do que para o processo dinâmico de aprender numa construção de conhecimentos.por
dc.description.abstractThis doctoral thesis aims to understand the use of mobile phones in daily school life and the power relations that are established around it. In the incursion of academic productions on the inclusion of new technologies in education, we note a polarization between deterministic and instrumentalist discourses that have been produced, giving them an autonomous value or the quality of being another instrument at the service of education and pointing out barriers of resistance to be transposed for its effective use in teaching practice. The survey of official documents that encourage the use of mobile phones in everyday school and the laws that prohibit it brought contradictory governmentality, making the question about the use of mobile phones even more relevant. In this context, when investigating the school routine, reports presented in the internship supervision of students of a Degree in English Language and Literature served as analysis documents to identify how the school and the teacher establish the use of cell phones in the classroom, how the students react students with the prescribed use or prohibitions in the school setting, as well as their personal use and their views on use in the teaching-learning process. The method of data analysis was the Collective Subject Discourse, which, by recording the answers to open questions made in the report, designed panels that shed light on the Social Representations. The results pointed to a teaching practice that prohibits the use of cell phones in the classroom, with reservations for pedagogical use, with teacher control, but with few reports of practices either instrumentally or rhizomatically. The central ideas that emerged in the discourse allowed four categories to be grouped: The use of mobile phones by the trainees that brings personal use and opinions about the adoption of pedagogical use in daily school life; The School Scenario and the organization that proves to be scanned; Teachers' practice - cell phone use and prohibitions; the students: their uses, possible abuses and or resistance. In general, it was possible to identify that although the cell phone is present in people's daily lives, the school is opposed to its use. The ban announced the maintenance of a school still focusing on discipline and endeavors to rummage and docile bodies, rather than to the dynamic process of learning in a knowledge building.eng
dc.identifier.urihttps://repositorio.uniso.br/handle/uniso/937
dc.subjectTelefone na educação
dc.subjectTelefonia celular - Aspectos sociais
dc.subjectTecnologia educacional
dc.subjectEducação - Efeitos de inovações tecnológicas
dc.subjectAmbiente de sala de aula
dc.titleO celular no cotidiano escolar: relações de poder, usos, abusos e proibições
dc.typeTese
dspace.entity.typePublication
local.rightsOpen Access

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