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Cartas a J e K: contribuições de um professor universitário à educação ambiental

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Data

2014

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Resumo / Abstract

Esta tese tem como objetivo principal situar e discutir algumas questões ambientais do ponto de vista cotidiano da trajetória de um docente, administrador, técnico em segurança do trabalho e auditor de sistema de gestão ambiental; especialmente voltado para práticas pedagógicas de sistematização na FATEC, como professor e em consultorias técnicas visando à redução de resíduos sólidos, dentre outras atividades ligadas às saídas para os impactos ambientais. Esta trajetória é aqui apresentada por cartas ao lado das reflexões surgidas deste convívio. A metodologia da Carta foi considerada adequada para apresentar as indagações e reflexões deste professor, e fundamenta-se no livro “Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis”, de Paulo Freire, escrito em 1994. Atraído desde jovem ao mercado de trabalho, para uma área mais técnica através de cursos do Sesi e Senac, comecei a atuar em empresas antes de entrar na faculdade. Assim, chegar à abrangência da educação ambiental e à carreira docente, só foi possível através de uma incessante busca por aprimoramento. Nas empresas onde atuei e ainda atuo como consultor, nos conselhos, na sala de aula sempre me pautei por uma preocupação permanente com a prevenção e sobretudo com as condições de vida, presentes nestes diversos ambientes de trabalho e estudo. Ao longo desta trajetória profissional questionei normas de qualidade, fui ferrenho ao criticar rotinas de trabalho maçantes, enfrentei discursos que nem sempre correspondiam às reais necessidades, pensamentos e sentimentos dos trabalhadores, fossem estes operários, funcionários ou chefes e dirigentes de empresas. Esta postura combativa, nem sempre foi bem recebida. Assim, por caminhos enviesados cheguei à educação ambiental como docente, sobretudo, ao potencial teórico adequado para surgimento de outra mentalidade relacional com a vida, em todas essas dimensões profissionais. O respeito à terra, a seus ecossistemas tanto em escala local quanto global, deve se manifestar na adoção de métodos de planejamento e uma educação ambiental, dando ênfase à redução e não geração de resíduos e que preservem o ambiente, representa nada menos que uma ordem social mais elevada, que invista na formação futuras de mentes mais centradas na saúde do planeta do que na aquisição de materiais e produtos com obsolescência programada, gerando grande quantidade de resíduos. Portanto, é fundamental que as novas e atuais gerações possam compreender nesse re- 6 lato, as evidências, cuidados, perigos, os esforços das últimas quatro décadas, das questões envolventes na relação que nós, seres humanos, temos tido com o nosso ambiente e com o próprio desenvolvimento da educação ambiental. Na minha atividade de técnico e professor, certas questões relativas aos impactos ambientais não são tão evidentes como deveriam. Assim esse diálogo com as gerações vindouras e atuais, aqui será tratado como uma conversa mais direta buscando expressá-lo através do cotidiano deste educador.


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