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Lugares de aprender: o zoológico/SP recebe o "Carlos Augusto", que saiu da escola para fotografar

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Data

2012

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Dissertação

Curso



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Resumo / Abstract

“LUGARES DE APRENDER: a escola sai da escola”, projeto da Secretaria de Estado da Educação, move nos professores e aprendizes um modo revigorado de olhar o mundo, pretendendo que levem para os espaços extraclasses suas indagações e retornem com novas suposições. Esta pretensão foi exercitada com os alunos do Ensino Fundamental da EE. “Prof. Carlos Augusto de Camargo”, em Piedade, que, acompanhados de aparelhos fotográficos e celulares, partiram da escola para a expedição “Visita ao Zoológico de São Paulo”, visando observar a diversidade da vida animal. Suas produções fotográficas foram analisadas com base numa educação do olhar, e têm como objetivo a leitura de mundo e as inserções no universo simbólico, discutindo a possibilidade de ver através dos olhos que viram o Zoológico. Este trabalho pretende também tornar-se inquietude e olhar de outro modo o já visto. Afinal, um leão seria realmente um leão? Uma onça, uma onça? Um macaco, um macaco? Magritte afirmou categoricamente “Isto não é um cachimbo” (1926), em sua famosa obra. É necessário ultrapassar a ideia de guardar o que foi feito, tornando-a inquietude, para olhar de outro modo o já visto num desafio de serem superadas as visões reducionistas e préconcebidas sobre a educação. As referências teóricas têm apoio em Siegfried Kracauer, Vilém Flusser, Susan Sontag, Michael Foucault, Boris Kossoy. O apoio para a realização da visita/expedição embasada no Programa Cultura é Currículo em Mirian Celeste Martins. Com o resultado a que se chegou pode-se dizer que a fotografia representa coisas, mas essas coisas têm existência e uma realidade para além do que é representado na fotografia. Chegou-se também a uma conclusão final entendendo que ensinar pela negação também é possível, apesar de a lógica do ensinar exigir que não seja usado esse procedimento. Assim pode-se supor que o aluno possa ter iniciado a consciência de que, por mais “real” que seja uma fotografia, ela ainda significa representação.


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