Laços e estilhaços numa trajetória de aprendizagem e ensino de ciências
Data
Tipo de documento
Curso
Assunto
Autor(es)
Orientador(es)
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Resumo / Abstract
Neste trabalho a autora pretendeu, através da reconstituição histórica, expondo acontecimentos marcantes que compuseram a sua carreira como aluna e como professora de física no ensino médio, discutir um tema híbrido envolvendo a aprendizagem, o ensino e a ciência, relacionado com a educação escolarizada e com cientistas. Buscou fazer laços com a ciência emergente, na expectativa de encontrar diferentes abordagens para o tema que propôs. Procurou evidenciar que a ciência moderna deixa marcas na sociedade, através das instituições escolares, que, ao tentarem seguir o método racional proposto por essa forma de fazer ciência, provocam a disjunção entre a pessoa e o seu cotidiano. Apresentou uma reflexão sobre a escola e sobre o trabalho do professor, apontando a complexidade desse fazer e tentando relativizar a responsabilização do professor pelo fracasso escolar. Dialogou sobre essas questões com cientistas que têm representatividade na ciência contemporânea e buscou nesse diálogo os conflitos que se apresentaram aos participantes deste período de transição da ciência. Os conflitos identificados envolvem a exclusão destes cientistas pela academia, a exposição desses à crítica ostensiva da ciência hegemônica, a indecisão na busca do novo, o cair e levantar nas armadilhas colocadas pelos velhos hábitos provenientes de uma formação estranha às novas teorias, a angústia gerada nas tentativas de conciliar o tempo enquanto horário com o fazer prazeroso, assim como a habilidade para não jogar fora todo o velho, reconhecendo os limites a que este está submetido. Aliou-se ao texto poético como forma de trazer as emoções e os outros saberes para dentro do fazer científico e tacou ela mesma uma nova forma de "ser-fazer" procurando desvencilhar-se de um racionalismo reducionista, que restringe a atuação do ser humano a procedimentos preestabelecidos, e ir ao encontro de espaços que possibilitem o ético, o lúdico, a dúvida e o entrelaçar de trajetórias inconclusas.