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Gênero líquido e a formação do policial brasileiro

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2020

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Resumo / Abstract

No mundo líquido, descrito pelo sociólogo Zygmunt Bauman, reina o caráter liquefeito da contemporaneidade, qualificada por sua fluidez, plasticidade e volatilidade. Neste contexto, os atores sociais terão de experimentar uma nova temporalidade, com redefinição de valores, fato que dificulta um delineamento minimamente inteligível para os sujeitos. Inicialmente este trabalho indaga a amplitude do conceito de gênero, num deslocamento do pensamento de Bauman, para construção da hipótese do Gênero Líquido. Dentro deste cenário, esta tese busca analisar como as questões de gênero refletem na formação do policial brasileiro e verificar se existem políticas institucionalizadas para promover o enfrentamento das discriminações em relação ao tema. Para entender o panorama das questões de gênero na formação de policiais, foi realizado um levantamento nacional e internacional em artigos científicos, o que permitiu entender teoricamente o quanto se precisa discutir o tema gênero no Brasil. Com o entendimento sobre as condições apresentadas pelos artigos, questionou-se como as escolas de formação para policiais estão incorporando as questões de gênero em suas ações pedagógicas. A hipótese é que as ações, no cotidiano escolar, consideram a questão de gênero como parte dos direitos humanos. Dessa forma, definiu-se como objetivo levantar informações sobre: a estrutura das escolas de formação; o perfil dos diretores e alunos; as disciplinas e as possíveis ações pedagógicas sobre questões de gênero. Para tanto, foram investigadas escolas de formação de policiais catalogadas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Brasil. Das 70 escolas contatadas ao todo, 22 retornaram, o que configurou a mostra dessa pesquisa. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório que colheu dados por meio de um questionário encaminhado on-line a cada uma das escolas policiais brasileiras. Os resultados apontam que a maioria das escolas tem boa estrutura formal e os seus gestores, predominantemente homens, são profissionais com nível superior. Quanto às questões de gênero, há política específica, mas se encontra no grande tema de Direitos Humanos, e ações diferenciadas dependem da equipe responsável pelo pedagógico na escola. Diante dos resultados obtidos, foi possível pensar em proposições de princípios a serem considerados nas ações pedagógicas, tais como o desenvolvimento de situações-problema, para que, por meio do diálogo, as questões de gênero possam ser profundamente entendidas e, quando possível, serem oferecidas disciplinas específicas e individualizadas sobre gênero, com uma carga horária maior.


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